O nível de demanda externa, indicador que faz parte da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), voltou a crescer em maio depois de cinco quedas consecutivas. O indicador pulou de 86,4 pontos em abril para 92 2 pontos no mês seguinte. Em maio de 2011, o indicador alcançou 95,9 pontos.

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Nove de 14 setores pesquisados pela FGV apresentaram aumento do nível de demanda externa: minerais não metálicos, mecânica, material elétrico e de comunicações, material de transporte, produtos farmacêuticos e veterinários, têxtil, vestuário e calçados, produtos alimentares e outros produtos. De acordo com o coordenador da sondagem, Aloisio Campelo, minerais não metálicos, mecânica e vestuário e calçados foram os setores que puxaram este indicador para a alta.

A indústria mecânica registrou aumento do nível de demanda externa ao passar de 66,8 pontos em abril para 83,8 pontos em maio, o melhor patamar desde outubro do ano passado. O setor de minerais não metálicos pulou de 68,8 para 76,5 pontos no mesmo período, enquanto vestuário e calçados teve nível de demanda externa de 82,8 pontos em maio, o mais alto desde fevereiro de 2011, ante 55,9 pontos em abril.

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Campelo disse que "há uma possibilidade" de que a valorização do dólar tenha influenciado essa alta do nível da demanda externa. "Com a moeda norte-americana mais valorizada, o empresário pode diminuir o preço de seu produto em dólar que, na conversão, é compensado pelo câmbio", afirmou, em entrevista à imprensa, em São Paulo. "Ele acaba ganhando mercado, mas ainda é cedo para avaliar com precisão o efeito do câmbio."