Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Pesquisa ibge

Demanda menor afeta serviços em 2014

 |

A forte desaceleração no ritmo de crescimento do setor de serviços no final de 2014 acompanha a redução nas encomendas da indústria, do governo e do comércio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em novembro do ano passado, o setor teve crescimento nominal de apenas 3,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o pior resultado da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, que teve início em janeiro de 2012.

"Os serviços passam por uma desaceleração provocada por uma redução no consumo das famílias, das empresas, principalmente industriais, e até do governo, que estão cortando seus custos e demandando menos serviços", explicou Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Se descontada a inflação, a receita dos serviços caiu 4,6% em novembro, o nono mês seguido de recuo, apontam os cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade prevê que o setor encerre 2014 com queda real superior a 2,5%, levando em consideração a inflação de serviços acumulada em 12 meses, que gira em torno de 8,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A desaceleração do setor é preocupante devido ao peso que a atividade tem no mercado de trabalho, alertou Fabio Bentes, economista sênior da CNC. "O setor é o maior empregador e responde também por mais da metade da criação de vagas nos últimos anos", ressaltou.

Bentes acredita que o mau momento do segmento deve começar a se espalhar para a economia brasileira. "Com menos renda e menos vagas criadas, a ajuda que o setor vai dar para a economia em termos de crescimento econômico tende a ser menor", ponderou.

Fraqueza

O IBGE avalia que é a própria perda de força da atividade que tem afetado os serviços. O ramo de publicidade e pesquisa de mercado, por exemplo, recuou 5,8% em novembro. "Quem anuncia na mídia são empresas e elas começam a cortar gastos em publicidade e propaganda", disse Saldanha.

Já o ramo de aluguéis não imobiliários amargou uma queda de 6,6% na receita no período. "São aluguéis de máquinas e equipamentos, de andaime, máquina para a engenharia civil, geradores. Quem contrata isso são empresas de engenharia. Se elas não têm serviço, também não tem contratação de máquinas e equipamentos", lembrou o técnico do IBGE.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.