Uma nota para os candidatos a emprego: no mercado de trabalho da próxima década, você provavelmente terá mais chances de passear com cães para viver do que ensinar crianças. Pelo menos no mercado americano, segundo uma pesquisa.
Essa é uma das mensagens implícitas em um novo relatório do Conference Board de Nova York sobre a composição da demanda dos consumidores – o principal motor da economia – nos próximos 10 anos nos Estados Unidos.
O foco do estudo é sobre a demografia, com o já bem conhecido processo de envelhecimento da geração conhecida como “baby boomers” e a queda na fertilidade registrada desde a crise de 2008.
Por isso faria sentido num futuro não tão distante a essa escolha da profissão sugerida pelo relatório. Estima-se que os gastos com animais de estimação cresçam fortemente, já que os baby boomers – talvez chorando por crianças que tenham saído de casa – dão atenção e dinheiro a novos amigos peludos.
Além disso, os gastos com educação vão cair, uma vez que a população estudantil em potencial, com cinco a 24 anos de idade, cresce muito lentamente devido à redução da natalidade.
O estudo projeta gastos com aumentos baseados apenas na demografia, incluindo o crescimento da população. Os números não levam em conta o impacto do aumento dos salários e da riqueza no período. Como tal, a projeção de 8,1% de aumento nas despesas totais das famílias de 2015 a 2025 subestima o aumento que realmente acontecerá.
Não é nenhuma surpresa que se espere que as despesas médicas dispare, já que o número de americanos entre as idades de 70 e 84 vai disparar em 50%.
Mas os gastos com livros, jornais e outros materiais de leitura também irão aumentar à medida que as crescentes fileiras de aposentados – eles estão aumentando em cerca de 1,2 milhão por ano, de acordo com o relatório – têm mais tempo para si próprias. Eles também vão pagar mais em reparos em casa, já que se tornam menos dispostos ou capazes de fazê-los por conta própria, diz o relatório.
O envelhecimento da população resulta em aumentos menores em gastos com uma variedade de outros bens e serviços – refeições fora de casa e vestuário, para citar apenas dois – que são mais populares entre os americanos mais jovens.
Há uma “reorganização da mentalidade de consumidor global” que vem na próxima década, disse Brian Anderson co-autor do relatório.
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