A Web 2.0 deu tão certo na internet que, agora, as operadoras de telefonia móvel também apostam na filosofia, cuja principal característica é o fato de permitir que o usuário seja também produtor de conteúdo e não apenas receptor. TIM e Claro lançaram produtos que permitem que os clientes enviem seus arquivos pessoais para a operadora e ganhe uma parte da receita dos downloads.
O TIM Studio, anunciado recentemente, difere-se do Claro Video Maker num aspecto: em vez de ser focado no no vídeo, ele também permite o upload de imagens e áudio. Depois de passar por uma triagem (que checa a presença de conteúdo pornográfico ou que viole direitos autorais), os arquivos entram no portfólio da operadora.
Além de as produções serem compartilhadas entre os clientes TIM, o produtor também ganha R$ 1,50 em créditos a cada dez downloads de qualquer conteúdo de sua autoria. Para enviar os arquivos, o cliente deve se cadastrar em www.timstudio.com.br. A partir daí, ganha uma página individual no TIM Studio, onde ficarão armazenadas suas obras, quantidade de acessos e créditos. "A publicação de conteúdo dos usuários é um novo filão. Quem tem uma banda de garagem pode colocar no TIM Studio uma demo e ele vai ganhar por isso", diz Gabriel Mendes, gerente de serviços de valor agregado da TIM Brasil.
O serviço da Claro, por sua vez, não foi batizado de Video Maker à toa: ele estimula a produção amadora de clipes que serão publicados no portal WAP da operadora. A idéia, diz Marcos Quatorze, diretor de serviços de valor agregado da Claro, é criar uma espécie de YouTube, só que no celular.
O cliente deve enviar os vídeos pelo celular por meio de MMS para o número 123 ou através do hotsite Vídeo Maker, no Claro Idéias www.claroideias.com.br. Os conteúdos ficam disponíveis para download no Portal Claro Idéias em até 48 horas, distribuídos por categorias. Quanto mais downloads (cada um sai por R$ 1,10 e ele ganha 10%), mais créditos em dinheiro ele vai acumular.