Após uma sessão vertiginosa, o mercado tenta uma jornada mais amena nesta terça-feira. Algo raro nos últimos dias, dólar e Bolsa avançam sem abalos pela manhã. Às 11h28m, a moeda americana mantinha a tendência da abertura e caía 1,95%, comprada a R$ 2,255 e vendida a R$ 2,257. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 2,57%, aos 37.435 pontos.
Para a diretora de câmbio da corretora AGK, Miriam Tavares, o mercado vive hoje uma espécie de ressaca, buscando uma acomodação após as fortes oscilações da véspera. Assim como outros analistas, ela acredita que os negócios continuarão instáveis até a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), nos dias 28 e 29 de junho. Até lá, todos os indicadores da econômica americana serão acompanhados de perto - especialmente os que influenciam diretamente as decisões sobre juros, como o índice de gastos pessoais (PCE, em inglês), que será divulgado na sexta-feira.
"Se o número vier acima do consenso dos analistas, é muito provável que ocorra uma nova rodada de vendas de ativos avaliados por eles como menos seguros dos que os Treasuries (os títulos do Tesouro Americano). Portanto, pelo menos até a divulgação deste dado, os mercados devem continuar voláteis, tensos, porém indefinidos", afirmou Miriam, em relatório divulgado nesta manhã.
Após subir 4,5% ontem, o risco Brasil amanheceu em queda. Às 10h01m, o indicador recuava 3,61%, marcando 267 pontos centesimais. O risco é calculado pelo banco JP Morgan e tido como um termômetro da confiança dos investidores estrangeiros no país.
A Bolsa de Nova York abriu em alta, respaldando a tentativa de recuperação das outras bolsas internacionais. Às 10h32m, horário de Brasília, o índice Dow Jones subia 0,34%, aos 11.163,5 pontos, e o Standard & Poor´s 500 avançava 0,51%, para 1268,47 pontos. A bolsa eletrônica Nasdaq, que concentra os papéis de tecnologia, tinha ganhos de 0,51%, aos 1268,47 pontos.