A instabilidade foi a principal marca do pregão desta sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Depois de alternar altas e baixas por várias vezes, o Índice Bovespa terminou o dia aos 37.261 pontos, com recuo de 0,11%. Os negócios somaram R$ 2,317 bilhões. No acumulado da semana, a bolsa teve baixa de 1,48%, puxada pela queda de 3,07% da terça-feira.
O principal fator de volatilidade nos dois últimos dias foi o mercado externo, que repercutia dados da economia americana. A criação de empregos no quarto trimestre de 2005 ficou abaixo do esperado, o que gerou queda nas bolsas locais e "contaminou" outros mercados.
Entre a máxima (37.609 pontos) e a mínima (36.526 pontos), o Ibovespa oscilou entre uma alta de 0,82% e uma baixa de 2,09%. Os investidores operaram divididos entre uma realização de lucros e o grande apetite por ações brasileiras. Para Tommy Taterka, trader da corretora Concórdia, o movimento de baixa dos dois últimos dias nada mais é do que uma realização de lucros "normal".
- O número sobre emprego foi um dado a mais, que ajudou a aprofundar a realização de lucros normal que começou na quinta-feira. E a bolsa tem espaço para cair mais - disse.
Petrobras PN, ação de maior peso no Ibovespa, fechou em baixa de 1,14%. Na carteira teórica do índice, onde estão 57 ações, as maiores baixas foram de Banco do Brasil ON (-3,31%) e Itaú PN (-3,28%). As altas mais significativas do índice foram de Brasil Telecom PN (+5,44%) e Comgás PNA (+3,80%).