Depois de monitorar durante o dia dados vindos da Europa e dos Estados Unidos, o dólar comercial fechou o dia em leve alta de 0,11%, encerrando a quarta-feira (10) cotado a R$ 1,849 para a venda.
O dia começou com o dólar emplacando a terceira queda consecutiva, como reflexo da expectativa internacional sobre uma possível ajuda europeia à Grécia. "Hoje foi a trajetória da moeda europeia que ditou o ritmo", disse Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da corretora Hencorp Commcor.
Ministros de Finanças dos países da zona do euro se reuniram, e um plano deve ser apresentado na quinta-feira (11), de acordo com fontes ouvidas por publicações na França e na Bélgica. A Grécia tem preocupado os mercados desde o começo do ano por causa do enorme déficit que vinha desestabilizando o euro.
Ao longo do dia, porém, a moeda comum perdeu força com a falta de informações claras sobre o possível socorro à Grécia. Além disso, o anúncio de detalhes do plano do Fed para a retirada de estímulos econômicos favoreceu a alta do dólar em todo o mundo.
Dólares a mais
No âmbito doméstico, dados do Banco Central mostraram que a entrada de dólares no país se intensificou na semana passada, mesmo com a volatilidade internacional que empurrou a taxa de câmbio a quase R$ 1,90. O saldo positivo do fluxo cambial no mês é de US$ 1,917 bilhão. Desse montante, o BC comprou, em operações liquidadas neste mês, somente US$ 54 milhões.
A sobra de dólares indica que não há necessidade de que o BC inverta sua atuação e passe a vender moeda no mercado à vista, afirmou Sidnei Nehme, diretor-executivo da corretora NGO. O dado também aponta que a taxa de câmbio tem sido mais influenciada pela atuação de investidores no mercado futuro, e não no segmento à vista, disse.
De acordo com cálculos do banco BNP Paribas, a atuação menos intensa do Banco Central permitiu que os bancos aumentassem a quantidade da moeda norte-americana em caixa para US$ 4,5 bilhões. No fim de janeiro, as posições compradas dessas instituições no mercado à vista eram de US$ 2,7 bilhões.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast