O Banco Inter confirmou na quinta-feira (16) pela primeira vez após três meses do ocorrido, que dados de seus clientes foram vazados na internet. Em nota enviada aos correntistas, o banco disse que a “exposição dos dados foi de baixo impacto” e que os clientes mais gravemente afetados foram notificados. Segundo apurou o Estado, o vazamento está sendo avaliado pela Justiça de Brasília, em um caso que corre em sigilo, e também é motivo de um processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pois o Inter tem capital aberto na Bolsa desde abril, quando atingiu valor de mercado de R$ 1,9 bilhão.
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Na nota, o banco disse que, em maio, identificou um incidente de segurança em seu sistema, frisando que “alguns dados foram acessados e divulgados”. A instituição disse, porém que as investigações não constataram um ataque cibernético externo que comprometesse a segurança dos dados dos correntistas. “Acreditamos que a pessoa autorizada a atuar em nossos sistemas tenha quebrado seu dever de sigilo (...) e, após tentativa frustrada de nos extorquir, divulgou, sem autorização, algumas informações à pequena parcela de nossos clientes à época”, diz a nota.
Não se sabe, ao certo, o número de clientes que teriam sido vítimas do vazamento de dados. Na ocasião, o site de tecnologia Tecmundo reportou que um hacker teria supostamente obtido os dados de 400 mil clientes do Banco Inter.
O banco informou, ainda, que contratou empresas especializadas para avaliar os danos, garantindo que estes foram “quase todos de baixo impacto, sendo que clientes mais sensíveis foram contatados”. Ao Estado, o Inter disse que não vai se pronunciar além das informações enviadas aos correntistas.
Esta foi a primeira vez que o banco digital assumiu o vazamento. Inicialmente, o Inter alegou aos acionistas que eram “falsas” as notícias publicadas a respeito. Em paralelo, o caso foi investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios que avaliava possíveis danos aos clientes. No dia 30 de julho, o Ministério Público divulgou que dados pessoais de 13 mil clientes do banco, como nome completo, CPF, CNPJ e dados bancários eram vendidos na internet.
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