Exportações
EUA passam a aceitar carne suína de SC
O Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (Aphis, na sigla em inglês) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) alterou o status de Santa Catarina e o adicionou à sua lista de regiões reconhecidas como livre de febre aftosa e outras doenças como a peste bovina, a doença vesicular dos suínos, a peste suína clássica e a peste suína africana. Na prática, essa inclusão permite a abertura do mercado norte-americano à carne suína do estado, a única região brasileira classificada como livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).
Como consequência, o Aphis também adicionou Santa Catarina à lista de regiões que estão sujeitas a certas restrições quanto à importação de carne de produtos derivados por causa de sua proximidade de regiões afetadas pela peste bovina e febre aftosa. Isso quer dizer que os EUA colocarão uma série de condições para importar carne do estado. A alteração de status do estado brasileiro e a abertura do mercado norte-americano para a carne catarinense foram publicados ontem no Federal Register (diário oficial do governo dos EUA) e serão válidos a partir de 1º de dezembro.
Agência Estado
O temporal seguido de granizo que causou estragos no fim da tarde de segunda-feira no distrito de Entre Rios, no município de Guarapuava (Campos Gerais), comprometeu também a produção agrícola na região. As lavouras de trigo e cevada, que estão em ponto de colheita, foram as mais prejudicadas, apesar de áreas recentemente plantadas com milho de verão também terem sido atingidas. O Sindicato Rural de Guarapuava informa que a maior parte dos danos ocorreu em áreas urbanas e que apenas uma pequena parte da zona rural do município teria sido afetada.
A cooperativa Agrária, que atua na região, prepara para hoje um relatório para quantificar o tamanho da área atingida pelos temporais de granizo e das perdas. Por meio de sua assessoria de imprensa, a cooperativa confirmou que, no campo, os prejuízos são localizados, concentrados em uma faixa entre as colônias Vitória e Jordãozinho, e que o impacto sobre a safra total de inverno da região não deve ser significativo.
Segundo a regional de Guarapuava do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), entre 60% e 70% da cevada foram colhidos. Ao menos em teoria, significa que a chuva de granizo pegou cerca de um terço das lavouras em fase suscetível. Já no trigo, que ainda está em fase inicial de colheita, os danos podem ter sido maiores.
"A região atingida foi pequena e as lavouras foram afetadas em maior ou menor grau. Mas já dá para adiantar que onde houve estrago o dano foi sério, chegando à perda total em algumas áreas", relata Noemir Antoniazzi, pesquisador da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa). Campos experimentais da fundação também foram destruídos pelo temporal. "O que não estava colhido foi perdido. Agora teremos de recomeçar todo o trabalho no ano que vem", lamenta o pesquisador.
A queda de granizo surpreendeu o produtor Fabiano Rovani às vésperas do início da colheita do trigo. "Estava me preparando para começar a colher quando veio o granizo. Pegou praticamente toda a minha área. O estrago do granizo é muito manchado e ainda é muito cedo para saber com certeza, mas acho que perdi de 40% a 50% da safra de trigo", calcula.
A dez dias do início da colheita, a produção de cevada de Rovani também foi prejudicada. Aproximadamente um terço da área foi afetada pelo temporal. "Também pegou 80% do milho que tinha acabado de plantar. Hoje [terça-feira] de manhã ainda tinha gelo. Vou esperar para avaliar o estrago. Já tinha diminuído a área de milho e não estava planejando reduzir mais. Mas, em último caso, vou ter de replantar soja no lugar", conta o produtor.
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