Mercados
Bolsa cai 0,4% com realização
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuou 0,43% no pregão de ontem, para 70.792 pontos, em um dia sem tendência definida e que foi marcado pela decisão de realização de lucro de alguns investidores. A cotação do dólar subiu com força, recuperando parte da desvalorização ocorrida nos últimos seis dias. O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido por R$ 1,778, em um avanço de 1,31%. Em Nova Iorque, a bolsa teve queda de 0,66%.
Para Waldney Trindade, analista da Uniletra Corretora, prevaleceu um movimento de venda pontual dos investidores, quando perceberam que o mercado ficou "indeciso". "É natural que num mercado em não tem nem muita gente comprando nem muita gente vendendo, uma parcela dos investidores resolva sair da bolsa", nota o profissional. "O problema é que o mercado conseguiu superar aquele patamar importante dos 71 mil pontos, mas não mostrou força para subir mais, e ir para o próximo patamar. Aí, o investidor fica preocupado e prefere vender uma parte da carteira, até como forma de proteção", acrescenta.
Os mercados já iniciaram os negócios do dia sob impacto de notícias desfavoráveis da Europa, hoje um dos focos de preocupação dos investidores. A revisão do PIB da zona do euro mostrou que os países dessa região tiveram crescimento nulo no último trimestre do ano passado. No início da tarde, o presidente do Fed, banco central dos EUA, Ben Bernanke, alertou que a economia americana continua problemática. Poucas horas depois, o Fed revelou que houve uma contração de 5,6% no crédito concedido para o consumo, justamente uma das principais "alavancas" da economia americana.
O noticiário doméstico foi um pouco mais positivo e reforçou o que muitos economistas já notaram: a produção industrial brasileira aumentou em sete das 14 regiões pesquisadas em fevereiro. Na média nacional, a indústria apresentou avanço de 1,5% na mesma base de comparação.
Folhapress
Os poupadores diminuíram o ritmo dos depósitos no mês passado, quando a poupança registrou a menor captação de depósitos desde abril do ano passado. Em março, as aplicações superaram os saques em R$ 538,1 milhões esse foi o 11º mês consecutivo de captação de recursos. No primeiro trimestre de 2010, o mais tradicional investimento financeiro atraiu R$ 4,24 bilhões em novas aplicações, o melhor resultado trimestral desde 1997 e o segundo melhor para o período desde 1994.Os números apresentados pelo Banco Central mostram que o brasileiro continua guardando dinheiro, mas em menor volume. A captação de recursos das cadernetas em março foi a metade da verificada em fevereiro e 79,5% menor que a vista em janeiro. A redução da capacidade de poupar em meio à recuperação do mercado do trabalho pode sinalizar o aumento do gasto das famílias e a procura por fundos de investimentos que rendem mais com a provável alta dos juros neste mês é consenso no mercado que a taxa básica (Selic) vai subir de 8,75% para 9,25% ao ano.
Além dos novos depósitos, as cadernetas já existentes tiveram rendimento acumulado de R$ 1,62 bilhão em março. Isso fez com que o mês terminasse com R$ 327,8 bilhões depositados no conjunto de todas as cadernetas.Apesar da redução do ritmo dos depósitos, o desempenho das cadernetas em março de 2010 não lembra em nada o cenário visto um ano antes, ainda em meio aos desdobramentos da crise. Naquele mês de 2009, os saques haviam superado os depósitos em R$ 846,8 milhões. No primeiro trimestre do ano passado, as contas haviam perdido R$ 582 milhões.
A Caixa Econômica Federal, que é líder nesse segmento com 34% das cadernetas, registrou a abertura de 964 mil novas poupanças nos três primeiros meses de 2010. Agora, o banco federal conta com 39,3 milhões de contas. Juntos, esses investidores mantêm R$ 111 bilhões na instituição.
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