A caderneta de poupança voltou a bater recorde em 2013, pelo segundo ano consecutivo. Os depósitos feitos no ano superaram os saques em R$ 71 bilhões, um aumento de 43% em relação ao recorde anterior, de 2012, quando a captação líquida ficou em R$ 49,7 bilhões. Em dezembro, o saldo foi positivo em R$ 11,2 bilhões, maior valor para todos os meses de dezembro da série histórica do Banco Central, iniciada em janeiro de 1995.
No ano em que grande parte dos investimentos em Bolsa de Valores e renda fixa apresentou rentabilidade negativa ou abaixo da inflação, a correção da poupança superou vários índices de preços. A caderneta rendeu 5,85% em 2013, perdendo apenas para o dólar (15,5%) entre as principais aplicações.
Para a professora Myrian Lund, da Fundação Getulio Vargas (FGV), a poupança continuará uma opção importante para a maior parte da população em 2014. Principalmente por conta das oscilações no mercado financeiro que devem afetar, novamente, as demais aplicações em renda fixa.
"Essa tendência deve continuar. O que está acontecendo é um retorno ao passado, para a poupança, onde as pessoas se sentem mais confortáveis. Elas sabem que vão ganhar menos, mas não vão perder com a volatilidade, que vai ser alta em 2014."