Os depósitos não garantidos do Banco do Chipre sofrerão uma remissão de dívida inicial de 37,5%, segundo um decreto do Banco Central do Chipre enviado aos meios de comunicação cipriotas.
Segundo o decreto, assinado pelo presidente do Banco Central, Panikos Dimitriadis, mas que ainda não foi publicado, os clientes dos bancos com depósitos superiores a 100 mil euros transformarão em ações bancárias 37,5% de suas ações.
Os números se aproximam aos antecipados nesta semana pelo ministro das Finanças, Michalis Sarris, que tinha falado de perdas de até 40%.
O Banco do Chipre foi submetido a uma ampla reestruturação como consequência do acordo do governo de Nicósia com a "troika" (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), que contempla ainda a liquidação do Banco Popular e sua divisão em um banco "bom" e um "podre".
Os depósitos garantidos passam automaticamente ao Banco do Chipre, enquanto os superiores a 100 mil euros sofrerão um corte muito maior que os do Banco do Chipre.