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Após o saldo minguado de R$ 518,319 milhões em agosto, a caderneta de poupança conseguiu mostrar recuperação ao registrar captação líquida positiva de R$ 1,370 bilhão em setembro. Este é terceiro pior resultado do ano. Além do fraco saldo em agosto, abril foi o único mês a ter um resultado negativo em 2014, com as retiradas superando os depósitos em R$ 1,273 bilhão. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira, 6, pelo Banco Central.

Em idêntico mês do ano passado, a captação foi positiva em R$ 6 695 bilhões, o maior valor para o mês da série histórica iniciada em 1995. Já o pior setembro registrado pelo BC foi em 2000, quando o saldo ficou negativo em R$ 1,851 bilhão. O dado de setembro conhecido hoje é o pior para o mês desde 2005, quando ficou negativo em R$ 708 milhões.

Por pouco, o saldo da caderneta não ficou negativo este mês. Apenas no último dia de setembro os ingressos foram maiores do que as retiradas de recursos em R$ 3,110 bilhões. Até o dia 29, o resultado revelava que os saques superavam as aplicações em R$ 1,740 bilhão. É comum haver concentração dos investimentos na caderneta no último dia útil de cada mês, com a aplicação das sobras dos poupadores. Vale destacar que setembro costuma ser um mês positivo porque conta com o adiantamento do pagamento do 13º salário a aposentados e pensionistas.

Os depósitos no mês passado somaram pouco mais de R$ 145,095 bilhões, enquanto os saques totalizaram pouco mais de R$ 143,725 bilhões. Incluindo R$ 3,568 bilhões de rendimentos, o saldo total da poupança chegou a R$ 643,413 bilhões em setembro, ante R$ 638,474 bilhões no mês anterior.

No ano, a captação líquida da poupança nos nove meses está em R$ 15,531 bilhões.

A aplicação segue como importante investimento entre os brasileiros. Desde maio de 2012, há mudanças nas regras de remuneração da aplicação. Pela nova forma, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a taxa básica está em 11% ao ano. Quando o juro sobe a partir de 8,75% ao ano passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR.

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