O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, fez uma avaliação positiva dos números do Produto Interno Bruto (PIB). Ele avalia que os dados apresentados hoje são como um sinal de que a desaceleração da atividade do Brasil não deve ser tão forte como em outros países e que os fundamentos econômicos criam condições para que o Brasil continue crescendo.

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"Os números divulgados pelo IBGE para o PIB do terceiro trimestre comprovam a solidez e a força da economia brasileira no momento de agravamento da crise econômica internacional. Esta força nos dá motivos objetivos para acreditar que a desaceleração econômica no Brasil será mais curta e de menor intensidade que em outros países", disse Meirelles por meio da assessoria de imprensa do BC. O PIB cresceu 6,8% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre de 2008, a alta foi de 1,8%.

No dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicia a última reunião do ano para decidir sobre a taxa Selic e em meio à pressão política para que o BC inicie o corte dos juros, Meirelles reafirmou a expectativa de que o País deve, a despeito da crise, continuar em expansão. "A manutenção dos sólidos fundamentos da economia brasileira vai dar confiança às empresas e famílias para manter seus planos de médio prazo, permitindo que o País continue crescendo", afirmou.

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Na avaliação do presidente do BC, o Brasil tem enfrentado a crise "com serenidade" porque há "consistência da política econômica que alia responsabilidade fiscal com câmbio flutuante e metas de inflação".

Sobre os números divulgados pela manhã, Meirelles destacou a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que liderou a expansão da demanda. "Sinalizando que a economia brasileira continua ampliando sua capacidade produtiva", afirma Meirelles. Ele também se lembrou do consumo das famílias, "que pode ser visto como indicador de bem-estar da população e também mostrou expansão importante".

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