Aos 35 anos, Eduardo Slaviero Campos tem nas mãos o desafio de colocar em prática o plano da rede fundada pelo seu avô: chegar a outras capitais, e, com isso, dobrar o faturamento em 2006. Formado em administração e com MBA em uma universidade americana, Slaviero Campos recebeu a Gazeta do Povo no hall do Slaviero Palace, fundado pelo seu avô, morto antes mesmo de o hotel ser inaugurado.
Qual é o maior desafio de uma empresa familiar com um plano de expansão como este?Não somos mais uma empresa familiar. Se você olhar a maioria das empresas brasileiras têm origem familiar, o que significa que as decisões estão nas mãos de uma única família, e este é o caso do Slaviero. Ou a empresa é de capital aberto, com ações na bolsa, e aí as decisões são diluídas entre os acionistas. Hoje o grupo Slaviero tem apenas duas pessoas da família, eu e o meu pai. Ele deixou mesmo de ser familiar em 1995, quando os negócios deixados pelo meu avô além do hotel, madeireiras e concessionárias foram dividos entre os herdeiros. O hotel ficou com os meus pais.
Podemos dizer então que a expansão vem desde 1995?Exatamente, nesta época estávamos com dois hotéis no centro de Curitiba, e o ramo da hotelaria ia muito bem. Nosso primeiro passo de expansão foi inaugurar dois hotéis temáticos, o Slaviero Rockeffeler, com tema de Nova Iorque, e o Slaviero Full Jazz, que tem o jazz como tema. Foi a nossa maneira de lançar um produto diferenciado, que era o que achávamos que a cidade pedia na época, atendendo ao mercado e aos interesses do investidor.
Como o senhor avalia a forma de administração do grupo? Vocês mantêm um padrão rígido, como outras grandes redes?Na verdade apostamos que o nosso sucesso está justamente no fato de não termos um padrão rígido de administração. Cada unidade tem a sua peculiaridade, apesar de termos três tipos de hotel hoje: luxo, temático e econômico.
A rede, tradicional no Paraná, já é conhecida no resto do país?A família, que veio de Irati, realmente é muito conhecida no Paraná. Um dos nossos desafios é firmar a marca em outros estados. Aqui todo mundo conhece os Slaviero, pela tradição da família. Mas em outras cidades e no interior do estado a gente tem até que soletrar o nome. (ML)
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