Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Petróleo

Desastre ambiental em julho de 2000 mudou a postura da empresa

Assista à reportagem em vídeo | TV Globo
Assista à reportagem em vídeo (Foto: TV Globo)

Cerca de 270 pessoas são diretamente responsáveis pelo funcionamento da Repar, trabalhando parte do tempo nas instalações e parte nos centros de controle. Nos 30 anos da refinaria, pouca coisa mudou tanto quanto a rotina dos operadores: hoje, quase tudo é controlado por computador, e só trabalhos de manutenção e inspeção são feitos "no braço". Apenas dois ou três operadores trabalham simultaneamente na área industrial de cada unidade.

O trabalho de maior responsabilidade dentro da refinaria também deixou de ser exclusividade masculina. Hoje, seis mulheres fazem parte da equipe que "pilota" a Repar – são poucas, mas há dez anos eram apenas duas, e na inauguração, nenhuma. Jaqueline de Fátima Garbuio, há 19 anos na Repar e operadora há nove, testemunhou a maioria das transformações da refinaria. "A própria postura da empresa mudou muito nos últimos cinco anos. Ela dá mais atenção ao aspecto humano, à evolução dos funcionários aqui dentro e à questão ambiental", diz.

A postura em relação ao impacto das atividades da Repar foi, provavelmente, a que sofreu a maior transformação, principalmente depois do maior desastre ambiental da história do Paraná, e o segundo maior já registrado em território nacional: o vazamento, em 16 de julho de 2000, de 4 milhões de litros de petróleo, que se espalharam por 2,8 quilômetros no Rio Barigüi e outros 40 quilômetros no Iguaçu. A empresa foi multada em R$ 50 milhões.

A partir daí, a Petrobrás reviu seus procedimentos, começando pelo diálogo com a comunidade. "Antes do desastre, a empresa era quase inacessível. Hoje, há uma abertura muito grande, e qualquer audiência com a direção é marcada com a maior rapidez possível", diz Lídia Lucaski, presidente da Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária (Amar).

Mesmo com a duplicação da área industrial, a Repar garante que a emissão de poluentes vai cair, por conta da redução da queima de óleo combustível, que será trocado por gás natural na matriz energética. O gerente de empreendimentos, Oscar Tokikawa, diz que as novas unidades também vão gerar benefícios indiretos: segundo ele, a redução do teor de enxofre do diesel e da gasolina reduzirá as emissões de veículos em toda a área abastecida pela Repar. Ao usar o novo diesel, os 1.850 ônibus de linha de Curitiba vão poluir o equivalente a apenas 50 ônibus. A frota de 650 mil carros da capital, por sua vez, vai equivaler a 40 mil carros com a nova gasolina a partir de 2010.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.