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Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos últimos 12 meses encerrados em junho somaram R$ 78,8 bilhões, com aumento de 34% sobre igual período anterior O resultado constitui novo recorde histórico e, segundo o presidente do banco, Luciano Coutinho, reflete o ciclo crescente de investimentos em curso na economia brasileira.

Para a área de infra-estrutura, as liberações cresceram 80% de julho de 2007 até junho de 2008, atingindo R$ 32,5 bilhões. Transporte terrestre e energia elétrica foram os destaques nessa área, concentrando 68% dos desembolsos (R$ 22 bilhões).

De acordo com Coutinho, o crescimento de apenas 5,3% registrado nos desembolsos para a indústria nesse período deve-se em parte substituição de financiamentos do banco para exportação por mecanismos de mercado. Ou seja, nas operações destinadas exportação, a indústria substituiu recursos do BNDES por captações no mercado internacional. Caíram os financiamentos ao setor de material de transporte destinados ao exterior. Os desembolsos para o setor industrial totalizaram R$ 31,2 bilhões nos últimos 12 meses até junho.

Coutinho ressaltou que o banco também ficou mais seletivo, dando prioridade a financiamentos em novas capacidades industriais e em projetos que destacam a inovação, usando Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), praticada pelo banco em suas operações. Houve aceleração de 23% nos desembolsos para investimentos no mercado interno.

Os 12 meses encerrados em junho revelaram também aumento de 31% nos desembolsos destinados agropecuária (R$ 5,4 bilhões). A Região Sudeste seguiu apresentando o maior volume de recursos do BNDES no período (R$ 42,5 bilhões). Os maiores aumentos nas liberações foram observados para o Norte (176%), com volume de R$ 5,12 bilhões, e para o Centro-Oeste (97%), com R$ 7,9 bilhões

Nesse período, as aprovações alcançaram R$ 111,8 bilhões, com ampliação de 30% em relação a igual período anterior. Para a indústria, foram aprovados R$ 48,1%, com expansão de 15%, o que reflete uma demanda setorial aquecida. O destaque foi para os setores de mineração, têxtil, vestuário, alimentos e bebidas.

Para infra-estrutura, as aprovações aumentaram 58% nos últimos 12 meses até junho, concentrando recursos de R$ 47,6 bilhões. Coutinho acredita que o setor de infra-estrutura continue aquecido no segundo semestre.

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