Brasília – Sem forte crescimento da indústria, o desempenho da economia desse ano não será "brilhante". No entanto, para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o que importa é que o próximo ano começará com a atividade em aquecimento. "Esse ano não vai ser brilhante, mas em compensação vamos passar de 2006 para 2007 com a economia em aquecimento", disse.

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Para o ano, o ministro espera que a última previsão dos técnicos da Fazenda, de 3,2%, seja mantida. Anteriormente, ele esperava que o PIB tivesse um incremento de ao menos 4% neste ano. "Foi um pouco decepcionante. Eu esperava um crescimento maior. Infelizmente não houve crescimento robusto da indústria." No terceiro trimestre, a indústria cresceu apenas 0,6% em relação ao trimestre anterior.

Como fator positivo, o ministro destacou o crescimento da formação bruta de capital fixo (taxa de investimento), de 2,5%, e a recuperação do setor agrícola (1,1%). No entanto, para ele, o importante é que o último trimestre terá um bom desempenho, principalmente porque a taxa de juros básica, a Selic, está mais "estimulante para o crescimento".

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Ele lembrou que a redução na taxa demora a fazer efeito na economia – na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa para 13,25% ao ano. "A reação não é imediata. Hoje você tem uma reação de cinco a seis meses atrás, quando a taxa não era estimulante."

O ministro confirmou o acordo fechado com a Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional sobre a correção da tabela do Imposto de Renda. O número fechado na negociação foi de 3% de correção para 2007 e o mesmo porcentual para 2008.