Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura estão entre as áreas que mais demitiram| Foto: Fábio Dias/Arquivo/Gazeta do Povo

O Brasil tinha 13,235 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em maio. Apesar do patamar elevado de desemprego, houve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE.

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Há menos 536 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 3,9%. O total de ocupados cresceu 1,3% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,199 milhão de postos de trabalho. O contingente de inativos avançou 1,6%, 1,001 milhão de pessoas a mais nessa condição.

EDITORIAL: As razões do desemprego

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Como consequência, a taxa de desemprego passou de 13,3% no trimestre até maio de 2017 para 12,7% no trimestre encerrado em maio de 2018. O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,6% no trimestre encerrado em maio deste ano.

Construção civil está entre as áreas que mais demitiram

A construção cortou 91 mil postos de trabalho no período de um ano, segundo dados da Pnad Contínua. O total de ocupados na atividade encolheu 1,4% no trimestre encerrado em maio de 2018 ante o mesmo período de 2017.

Também houve corte de vagas no setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com menos 254 mil empregados, um recuo de 2,9% no total de ocupados. Os serviços domésticos perderam 9 mil vagas.

Na direção oposta, a indústria criou 134 mil postos de trabalho no período de um ano, uma alta de 1,2% no total de ocupados no setor no trimestre terminado em maio deste ano ante o mesmo trimestre de 2017. O comércio contratou 159 mil empregados, alta de 0,9% na ocupação no setor.

A atividade de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas – que inclui alguns serviços prestados à indústria – registrou um crescimento de 131 mil vagas em um ano, 1,3% de ocupados a mais.

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Também houve aumento no contingente de trabalhadores de alojamento e alimentação (+150 mil empregados), outros serviços (+323 mil pessoas), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+526 mil vagas) e transporte, armazenagem e correio (+101 mil vagas).

Vagas com carteira assinada encolheram

O mercado de trabalho no país perdeu 483 mil vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 1,5% no trimestre encerrado em maio de 2018 ante o mesmo trimestre de 2017, segundo os dados da Pnad Contínua. O total de vagas formais caiu a 32,775 milhões de postos, o menor patamar da série iniciada em 2012.

Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,7% em um ano, com 597 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 5,6% ante o trimestre até maio de 2017, com 229 mil pessoas a mais.

O trabalho por conta própria cresceu 2,5% no período, com 568 mil pessoas a mais. A condição de trabalhador familiar auxiliar diminuiu 1,6%, com 35 mil ocupados a menos. O setor público gerou 319 mil vagas, um avanço de 2,9% na ocupação.

Houve aumento de 4 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 0,1% de ocupados a mais nessa função.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]