Desemprego avança para 5,4% em setembro

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 5,4% em setembro, segundo o IBGE. No total das seis regiões foram cortados 31 mil postos de trabalho. A população desocupada aumentou em 33 mil pessoas, chegando a 1,328 milhão.

A leve alta sobre os 5,3% registrados em agosto veio acompanhada do segundo mês consecutivo de aumento nos rendimentos, favorecidos pela desaceleração da inflação. A renda média real subiu 1% em relação a agosto, alcançando R$ 1.908, o maior valor desde o início da série, e avançou 2,2% sobre setembro do ano passado. Ainda assim, o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, disse que houve perdas inflacionárias. Sem elas, a renda teria tido alta de 1,3% no mês.

Segundo Azeredo, o mercado de trabalho neste ano tem uma trajetória similar àquela do ano passado. Ainda assim, houve ganho de qualidade nos postos de trabalho. Em setembro de 2012, o emprego com carteira assinada correspondia a 49,3%. Agora, passou a 51%. Ao considerar a fatia de militares ou funcionários públicos sobe para 59,2%. Há também uma tendência de elevação do nível de renda de modo sistemático.

Segundo Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Ibre/FGV, com um patamar de desemprego baixo com rendimentos em alta, não se espera uma desaceleração forte do mercado de trabalho no segundo semestre. "Como a força de trabalho cresce pouco não há necessidade de criação de muitas vagas para que o desemprego se mantenha baixo. O mercado de trabalho está acomodado num patamar de desemprego baixo com renda alta", afirma o economista, que aposta que a taxa encerre o ano em 5,5%.

Curitiba

A taxa de desocupação da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), conforme a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo IBGE e Ipardes, foi de 3,3% da população economicamente ativa, número levemente superior ao do mês de agosto e ao de setembro do ano passado, quando alcançou 3,2%. Entre as sete áreas de capitais pesquisadas, a RMC mantém-se como a de menor desemprego, seguida de Porto Alegre.