Rebaixamento
Agências de avaliação de risco aumentam pressão sobre Espanha
Folhapress
Duas das principais agências de avaliação de risco, a Moodys e a Fitch, ajudaram a aumentar a pressão sobre a Espanha no dia em que a Comissão Europeia sinalizou disposição em ajudar financeiramente a nação ibérica. A quarta maior da zona do euro enfrenta custos cada vez maiores para tomar financiamento nos mercados, afundada na segunda recessão em três anos, e sob o peso da maior taxa de desemprego da zona do euro.
Um eventual rebaixamento de seu "rating" (nota de risco de crédito), como sugerido pelas agências, pode elevar esses custos a patamares insustentáveis para as combalidas finanças do país. Embora a União Europeia tenha se comprometido em injetar mais de 50 bilhões de euros no setor bancário espanhol, a Moodys avaliou a quantia como insuficiente diante de cenários mais adversos para a economia europeia.
A Fitch também indicou que pode rebaixar o "rating" atribuído aos títulos espanhóis de "BBB, com perspectiva negativa" , basicamente pelas mesmas razões da agência rival.
Resgate
"A Comissão Europeia está pronta para agir no caso de um pedido [de ajuda financeira]", disse hoje Olli Rehn, comissário europeu para Assuntos Econômicos, em Madri, após uma reunião com o premiê e o ministro da Economia Luis de Guindos. Ele acrescentou que não houve qualquer petição da Espanha nesse sentido até o momento. O comissário europeu sinalizou, no entanto, que considera "factível" que o país consiga atingir sua meta de reduzir o deficit público para 6,3% do PIB neste ano. No ano passado, foi de 8,5%.
O desemprego na zona do euro e no conjunto da União Europeia bateu em agosto um novo recorde histórico, impulsionado pelas taxas na Espanha, segundo relatório do Escritório Estatístico Europeu (Eurostat). As taxas nos 17 países da moeda única subiram para 11,4% em agosto, enquanto nos 27 países da UE ficaram em 10,5%. Foi o 16º mês consecutivo em que o desemprego superou 10% da população ativa no bloco do euro.
Em números absolutos, a falta de postos de trabalho afetava em agosto cerca de 25,5 milhões de pessoas na UE, e delas 18,2 milhões pertenciam aos países que formam a zona do euro.
Os maiores índices foram registrados em dois dos países mais afetados pela crise da dívida pública. Enquanto a Espanha obteve 25,1%, na Grécia as taxas chegaram a 24,4%, em números obtidos em junho. Em Portugal, o percentual de desemprego de agosto foi de 15,9%. Já as taxas mais baixas foram registradas na Áustria (4,5%), Luxemburgo (5,2%), Holanda (5,3%) e Alemanha (5,5%).
2014
Um estudo da Ernst & Young aponta que a situação não está perto de reverter-se. De acordo com as estimativas da consultoria, o desemprego pode ficar superior a 19 milhões de pessoas até o início de 2014, ou cerca de 12% da força de trabalho da zona do euro. No caso da Grécia, há estimativas de que a taxa suba para 27%, quase 2,5 pontos porcentuais acima dos níveis de agosto. "Nesse ambiente difícil, as empresas devem reduzir o emprego ainda mais a fim de preservar a produtividade e o lucro", afirmou o relatório.
A produção industrial da zona do euro mostrou seu pior desempenho nos três meses até desemprego desde a crise financeira de 2008 e 2009, com as fábricas sendo afetadas pela queda da demanda apesar de cortar preços.
Jovens
O desemprego juvenil também seguiu uma tendência de alta, de modo que em agosto passado havia 5,46 milhões de menores de 25 anos que estavam desocupados na UE. Deles, 3,4 milhões são dos países da eurozona. Em termos anualizados, o desemprego juvenil aumentou em 164 mil pessoas no conjunto da UE e em 213 mil na zona do euro, o que mostra uma maior deterioração da situação laboral dos jovens que vivem em países que compartilham a moeda única. Grécia e Espanha têm os piores índices.
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