A taxa de desemprego caiu para 8,3% no trimestre móvel até o mês de maio de acordo com a pesquisa PNAD Contínua divulgada nesta sexta (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é o menor para o período desde 2015, quando o percentual também foi de 8,3%.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, são 8,9 milhões de pessoas desempregadas, uma queda de 3% na comparação com o trimestre anterior e de 15,9% com o mesmo período do ano passado.
“Esse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílio.
Já o número de pessoas ocupadas ficou estável na comparação trimestral e alcançou 98,4 milhões de pessoas, com um aumento de 0,9% no ano. Segundo o IBGE, houve queda no número de trabalhadores nos setores ligados à agropecuária (-1,9%) e expansão na administração pública, educação e serviços sociais (2,5%).
“No caso do grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, o crescimento foi impulsionado pelo segmento de Educação e por meio da inserção de empregados sem carteira de trabalho assinada”, disse Adriana.
A PNAD Contínua revelou, ainda, uma queda na população desalentada, que ficou em 3,7 milhões de pessoas, -6,2% na comparação com o trimestre anterior e de 14,3% com o mesmo período do ano passado.
Já a população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões de pessoas, um aumento de 0,6% na comparação trimestral, o que representa 382 mil pessoas a mais. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,6%, um aumento de 2,3 milhões de pessoas.
A pesquisa mostrou, ainda, que o rendimento real habitual ficou estável em R$ 2,9 mil frente ao trimestre anterior, e 6,6% maior na comparação anual.
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