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Desemprego cai a 11,6%, mas recorde de trabalhadores na informalidade persiste

Apesar do desemprego em queda, o país registrou estabilidade no número de pessoas desalentadas, que são aquelas que desistem de procurar emprego depois de muito tentar. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Apesar do desemprego em queda, o país registrou estabilidade no número de pessoas desalentadas, que são aquelas que desistem de procurar emprego depois de muito tentar. (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

A taxa de desemprego no país no trimestre encerrado em novembro ficou em 11,6%, divulgou o IBGE nesta sexta-feira (28). É uma queda de 0,4 ponto porcentual em relação a novembro de 2017. No geral, o país ainda tem 12,2 milhões de desocupados – pessoas desempregadas, mas que estão em busca de colocação – e um recorde de trabalhadores na informalidade. Embora a redução no número de pessoas desocupadas sempre seja uma boa notícia – são 364 mil pessoas voltaram a procurar emprego em 2018 –, no ritmo atual, o país poderá levar mais de uma década para voltar ao patamar pré-crise, do final de 2014, conforme a Gazeta do Povo mostrou ainda em novembro.

Os dados são da Pnad Contínua, pesquisa domiciliar do IBGE de abrangência nacional e que contabiliza empregos formais e informais. A taxa de desemprego no país tem experimentado quedas desde o ano passado em razão do aumento dos trabalhos informais, que crescem a medida que reduzem os postos com carteira de trabalho assinada. Em outra palavras, diante da falta de perspectiva de encontrar um emprego, muitas pessoas deixaram de procurar trabalho, contribuindo para “melhorar” a estatística.

O volume de pessoas empregadas no país foi recorde desde o início da série histórica, em razão de recordes também na geração de vagas sem carteira assinada ou de trabalho por conta própria.

O contingente de ocupados no país, que são as pessoas que estão de fato em um trabalho, informal ou não, atingiu 93,1 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro, alta de 1,1 milhão de pessoas frente ao trimestre imediatamente anterior e de 1,2 milhão de pessoas em relação a novembro de 2017.

Os trabalhadores por conta própria, que são autônomos sem funcionários, em especial, encerraram novembro em 23,8 milhões de pessoas, alta de 2,3% ou 528 mil novas a mais nessa situação. Na comparação entre os anos, 771 mil pessoas passaram a essa condição neste ano.

Com carteira e sem carteira

Os trabalhadores sem carteira assinada somaram 11,6 milhões, 522 mil a mais do que há um ano. O crescimento dos trabalhadores por conta própria e sem carteira ocorreu em detrimento da estabilidade da criação de vagas formais.

O país fechou novembro com 33 milhões de pessoas trabalhando com carteira, número que não variou na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Apenas 6 mil vagas com carteira foram criadas no período. Na comparação entre os anos, houve ligeira alta, de 0,8% ou 256 mil pessoas.

Houve aumento de vagas, no trimestre encerrado em novembro, nos setores da agricultura (mais 13 mil pessoas frente a julho), informação e atividades financeiras, imobiliárias e administrativas (mais 12 mil pessoas na mesma base comparativa), administração pública (mais 16 mil) e outros serviços (mais 19 mil).

Mais pessoas desistem de buscar um emprego

Apesar do desemprego em queda, o país registrou estabilidade no número de pessoas desalentadas, que são aquelas que desistem de procurar emprego depois de muito tentar. O contingente de desalentados encerrou novembro em 4,7 milhões, alta de 9,9% em relação ao mesmo período de 2017, ou 426 mil pessoas a mais nessa situação.

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