O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 5,8% em agosto na comparação com o mês anterior, para 71,1 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente. Trata-se da maior alta desde julho de 2013 (7,1%) e o quinto aumento consecutivo.
"O ICD mostra tendência de elevação da taxa de desemprego desde abril de 2014. Essa tendência reflete o espalhamento, dentre as diferentes classes de renda, da percepção da piora no mercado de trabalho doméstico, ainda que as classes com rendas mais elevadas expressem isto de forma mais aguda. Logo, o ICD indica uma tendência de deterioração no mercado de trabalho com possível elevação da taxa de desemprego, tão logo a População Economicamente Ativa, PEA, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em queda desde outubro de 2013, pare de cair", destacou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), em nota.
A fundação ressaltou que as classes que mais contribuíram para o resultado do ICD em agosto foram a dos consumidores de renda intermediária. Entre as famílias com renda mensal entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, o Indicador de Emprego (invertido) subiu 7,7%. Já entre os consumidores que possuem renda familiar entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, a alta foi de 6%.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.
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