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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Rio de Janeiro – A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do país recuou para 9% em setembro, o menor nível desde dezembro do ano passado. A taxa é também a mais baixa para meses de setembro desde o início da nova série da pesquisa, em 2002. Em agosto, a taxa havia sido de 9,5%. São Paulo puxou os resultados positivos, com aumento de vagas e queda no número de desocupados.

O gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, disse que as boas notícias no mercado de trabalho devem prosseguir e é provável que a taxa de desemprego de 2007 seja a mais baixa da série, respondendo à conjuntura econômica favorável que, segundo ele, está estimulando a criação de vagas e a formalização do emprego metropolitano. "O cenário econômico está propiciando essas notícias boas no mercado de trabalho, com aumento de ocupação e de renda e queda na taxa de desemprego", afirmou Azeredo. No entanto, ele admitiu que a queda da taxa já era esperada, já que sazonalmente ocorre nessa época do ano.

Segundo relatório do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o resultado de setembro pode ser considerado positivo, mas "em si não é revelador de uma melhora extraordinária" do quadro de emprego urbano do país. "Mas é reflexo muito mais de um fenômeno sazonal dessa época do ano, associado à proximidade do maior nível de atividades, próprio de fim de ano."

Claudia Oshiro, da Tendências Consultoria, também destacou o efeito sazonal no recuo do desemprego, mas avalia que o mercado de trabalho está aquecido, com emprego e renda em alta, o que "tem sustentado a confiança do consumidor em patamar elevado, o que indica que o consumo deve seguir forte".

Ocupação

O nível de ocupação (porcentual de pessoas acima de 10 anos que estão trabalhando) chegou, na média de janeiro a setembro deste ano (51,3%), ao maior nível da nova série da pesquisa, superior aos mesmos períodos de 2006 (51,0%); 2005 (50,9%); 2004 (50,3%) e 2003 (49,9%). "Tudo indica que fecharemos 2007 com um nível de ocupação maior do que os anos anteriores", disse Azeredo.

O número de ocupados prosseguiu em alta, com variação de 1,0% ante agosto, com a abertura de 201 mil novas vagas, enquanto o número de desocupados (sem trabalho e procurando emprego) decresceu em 120 mil pessoas. "Isso mostra que a economia está propiciando que o mercado de trabalho absorva a demanda", afirmou o gerente.

Na comparação com setembro de 2006, o número de ocupados aumentou 2,7%, ou o equivalente a 551 mil novas vagas. Nessa comparação, houve uma queda de 8,6%, ou de 197 mil desempregados em setembro ante igual mês do ano passado.

Renda

No total das regiões, os bons resultados do mercado de trabalho em setembro incluíram aumento no rendimento e na formalização do trabalho. A renda média real dos trabalhadores subiu 0,3% em setembro ante agosto, para R$ 1.115,00. Na comparação com setembro do ano passado, houve aumento de 2,5%.

O número de trabalhadores com carteira assinada aumentou 0,9% ante mês anterior e 6,9% ante setembro de 2006, enquanto a ocupação dos sem carteira cresceu 2,9% ante agosto, mas caiu 6,3% na comparação com setembro do ano passado.

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