A taxa de desemprego voltou a subir em março, pelo terceiro mês seguido, para 13,7%, no conjunto das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em fevereiro, essa taxa era de 13%.
Apesar da alta na comparação com o mês anterior, a variação é a menor para um mês de março desde 1998, segundo o Dieese. No mesmo mês do ano passado, o desemprego estava em 15,1%.
O número de desempregados nas seis regiões (Distrito Federal, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo) foi estimado em 2,767 milhões de pessoas, 149 mil a mais do que em fevereiro. Essa variação foi resultado da eliminação de 137 mil postos de trabalho e da elevação em 11 mil pessoas na população economicamente ativa.
No terceiro mês do ano, o total de ocupados nas seis regiões pesquisadas foi estimado em 17,423 milhões de pessoas.
Setores e formalidade
No conjunto das regiões, houve redução de 115 mil postos de trabalho no setor de serviços. O comércio perdeu 55 mil vagas, enquanto o agregado outros setores reduziu o número de empregos em 19 mil. Na outra ponta, a indústria abriu 31 mil vagas, enquanto a construção contratou mais 21 mil trabalhadores.
No funcionalismo público, houve redução em 0,4% no número de assalariados. Na iniciativa privada, o mês registrou estabilidade no emprego. O número de trabalhadores assalariados com carteira assinada cresceu em 0,5%, enquanto o contingente dos sem carteira teve queda de 2,7%.
Rendimento
Em fevereiro, o rendimento médio real dos ocupados teve ligeira queda de 0,1%, para R$ 1.274. Já o dos assalariados recuou 0,7%, para R$ 1.340.