Após ter atingido o menor percentual para o mês de março em 11 anos, a taxa de desemprego manteve-se em patamar baixo em abril, de 5,8%, e foi novamente um recorde para o mês desde o início da série do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em março de 2002.
No mês anterior, a taxa havia ficado em 5,7%. Em abril do ano passado, a taxa foi de 6%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (23) pelo IBGE.
O total de pessoas desocupadas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE -Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo- foi estimado em 1,4 milhão, não apresentando variação significativa tanto na comparação mensal quanto na anual.
Já o contingente de pessoas ocupadas nas principais regiões metropolitanas do país atingiu 22,9 milhões, sendo que também não houve alteração significativa nas duas comparações.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou estável em relação a março e cresceu 3,1% em relação a abril de 2012. Foram mais 342 mil postos de trabalho com carteira assinada em um ano, chegando a 11,4 milhões de pessoas.
O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado em 53,6% em abril nas seis regiões pesquisadas, sem variação significativa na comparação com o mês anterior e nem com abril de 2012.
Setores
De março para abril, o emprego caiu mais no setor de outros serviços (turismo, hotelaria, entre outros) -que fechou 77 mil vagas de um mês para o outro, o equivalente a uma queda de 1,9%- e serviços domésticos, com retração de 1,1% (menos 16 mil postos de trabalho).
Também registrou taxas negativas o setor de serviços prestados a empresas, com perda de 0,8%, e a indústria, com leve queda de 0,1%.
O emprego, no entanto, avançou no setor de construção (1,7%), educação, saúde e administração pública (1,3%) e comércio (1%).
Segundo o IBGE, o rendimento da população ocupada, estimado em R$ 1.862,40 no mês passado, apresentou expansão de 1,6% na comparação com abril de 2012 e recuo de 0,2% em relação a março.