O Ministério de Emprego e Previdência Social da Espanha informou nesta quinta-feira (3) que caiu em dezembro o número de desempregados no país em relação a novembro. No entanto, o país fecha 2012 com a maior taxa da série histórica.
Os números são o reflexo da crise financeira causada pelo aumento da dívida pública no país, que gerou três anos de recessão e deixou o país ibérico entre um dos mais afetados de toda a zona do euro.
Segundo o ministério, o número absoluto de desempregados foi reduzido em 59.094 pessoas no mês passado, uma queda de 1,2% em relação a novembro.
O setor de serviços e da agricultura foram os que registraram as maiores reduções devido ao aumento do consumo por causa do Natal. Também houve queda entre os jovens menores de 25 anos, grupo mais afetado pela crise, e entre os estrangeiros. Por outro lado, subiu na construção (0,58%) e na indústria (0,52%).
Apesar de ser o melhor dado para um mês de dezembro em toda a série histórica, no conjunto de 2012 o desemprego aumentou em 426.364 pessoas, 9,64% a mais que no fim de 2011.
O ministério também divulgou os números do seguro-desemprego, em que houve alta de 4,9% em novembro em relação ao mesmo mês de 2011. No período, foram pagos 2,693 bilhões de euros (R$ 7 bilhões) a mais de 3 milhões de espanhóis.
Esses dados sobre o desemprego correspondem às pessoas que estão registradas nas repartições públicas de emprego, e o número é inferior ao da Enquete de População Ativa (EPA), que é publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a cada trimestre.
Segundo os últimos dados desse organismo, publicados em 26 de outubro, o número de desempregados na Espanha no terceiro trimestre de 2012 alcançou 5.778.100 de pessoas, ou 25,02% da população ativa, em um novo recorde histórico.