O número de desempregados na Espanha aumentou em 85 mil no terceiro trimestre do ano e chegou a 5.778.100, o que representa um novo recorde histórico.
A taxa de desemprego subiu 0,38 pontos, segundo dados da Enquete de População Ativa (EPA), publicados nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em comparação com o mesmo trimestre de 2011, o número total de desempregados aumentou em 799.700.
Em julho, o governo espanhol estabeleceu que a taxa de desemprego para 2012 seria de 24,6%, mas hoje voltou a registrar um novo recorde.
Com o aumento de desemprego entre julho e setembro já somam cinco trimestres de altas.
No terceiro trimestre do ano o número de trabalhadores em atividade diminuiu em 96.900, até situar o número de empregados em 17.320.300.
O número de famílias com todos os membros desempregados foi de 1.737.900, a maior taxa de toda a série histórica.
Entre os estrangeiros morando na Espanha, o desemprego baixou em 51 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, até situar o total de desocupados em 1.182.400, o que deixou sua taxa no 34,84%.
Por setores, o desemprego baixou na construção (em 35.900 pessoas), nos serviços (em 28.100) e na indústria (em 11.100).
O número de empregados cresceu na agricultura (17.500), entre as pessoas que perderam seu emprego há mais de um ano (83.300 a mais), e entre os que buscam seu primeiro emprego (em 59.100).
Nos últimos 12 meses o número de desempregados aumentou em todos os setores, salvo a construção, que registrou 49.700 a menos.
Com 25% dos trabalhadores parados, a Espanha tem a taxa mais elevada de desemprego da União Europeia, cuja média é situada em 10,5% (11,4% na zona do euro).
O aumento do desemprego é a consequência mais grave da crise econômica que a Espanha vive desde 2008, com a economia em recessão e fortes medidas de ajuste do governo para reduzir a dívida pública.