O número de desempregados na zona do euro caiu em 15 mil em julho, para 19,23 milhões, segundo dados da agência oficial de estatísticas da União Europeia (Eurostat). A leitura marcou a segunda queda consecutiva no número de desempregados. Contudo, a taxa de desemprego se manteve na máxima histórica de 12,1% em julho, segundo dados da Eurostat. A taxa de desemprego entre os jovens subiu para 24,0% em julho, de 23,9% em junho.
Em julho de 2012, a taxa de desemprego foi de 11,5% na zona do euro e de 10,5% em toda a UE. Na Espanha, a taxa de desemprego também não registrou mudanças em relação ao mês anterior e ficou em 26,3%, a segunda maior entre os Estados-membros depois da Grécia (27,6%, segundo dados relativos a maio). Em número de pessoas, em julho deste ano havia na UE 26,6 milhões de desempregados, dos quais 19,2 milhões correspondiam aos países da moeda única.
Entre os Estados-membros com dados disponíveis, as menores taxas de desemprego foram da Áustria (4,8%), Alemanha (5,3%) e Luxemburgo (5,7%). Durante os últimos doze meses o desemprego aumentou em dezessete Estados-membros e desceu em onze.
Os maiores aumentos anualizados foram registrados no Chipre (de 12,2% até 17,3%) e Grécia (de 23,8% até 27,6% entre maio de 2012 e de 2013). Por outro lado, as quedas mais significativas ocorreram na Letônia (de 15,7% para 11,5%) e Estônia (de 10,1% até 7,9% entre junho de 2012 e de 2013).
Em relação ao desemprego juvenil, a taxa desceu um décimo, até 23,4%, em toda a UE, enquanto na eurozona subiu um décimo, até 24%.
Percepção
O índice de sentimento econômico da zona do euro subiu para 95,2 em agosto, de 92,5 em julho, superando a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones de alta para 93,7. Com isso o indicador atingiu o nível mais alto desde março de 2012.
A confiança do consumidor aumentou para -15,6 em agosto, de -17 4 em julho, em linha com a previsão. O índice de clima para negócios avançou para -0,21, de -0,52, com alta na confiança do setor industrial para -7,9, de -10,6, e no setor de serviços para -5,3, de -7,8.
Confiança do setor produtivo
O otimismo em relação à economia da zona do euro melhorou com força em agosto mas o desemprego alto, em particular nos países mais fracos do bloco, destaca a distância que separa o norte em recuperação do sul em dificuldades.
A confiança dos gerentes empresariais consultados pela Comissão Europeia subiu pelo quarto mês seguido na zona do euro, informou o Executivo da União Europeia nesta sexta-feira (30). A tendência positiva foi particularmente forte na Alemanha e Holanda, mas também apareceu na Itália, França e Espanha.
A medida de confiança em todo o bloco em agosto, com base em encomendas empresariais, confiança industrial e outros fatores como os planos de contratação das empresas, aumentou 2,7 pontos, para 95,2.
Tal aumento da confiança inspirou alguns a prever que os 17 países que usam o euro superaram uma crise que foi provocada pelo investimento de bancos em dívida hipotecária arriscada e depois levou alguns Estados à beira da falência. "A fase mais forte da crise e o período mais duro do aperto de cintos está para trás", disse Dirk Schumacher, economista do Goldman Sachs.
Em relatório separado, a Eurostat, agência de estatísticas da UE, informou que a inflação anual ao consumidor em agosto será estimada em 1,3 por cento, ante 1,6 por cento no mês anterior, devido principalmente a uma queda nos preços da energia.
Mas enquanto a confiança melhorou, o desemprego na zona do euro em julho permaneceu em uma máxima recorde de 12,1 por cento, com o forte contraste entre países como Alemanha e Espanha, mostrando que a melhora não está sendo sentida em todos os lugares.
Enquanto apenas pouco mais de 5 por cento dos trabalhadores na Alemanha estavam desempregados, de acordo com a Eurostat, o número alcançou quase 28 por cento na Grécia e ultrapassou 26 por cento na Espanha.