Rio de Janeiro O elevado número de pessoas à procura de uma vaga no mercado de trabalho manteve a taxa de desemprego em 10,1% em abril, mesmo patamar apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março. A manutenção de 1,13 milhão de desempregados em busca de emprego em São Paulo impediu uma queda da taxa na média das seis regiões metropolitanas pesquisadas.
No total das seis regiões, 2,3 milhões de pessoas estavam desempregadas e em busca de trabalho em abril. O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, avalia que o ano de 2007 "está frio" para o mercado de trabalho e a ocupação não cresce como era esperado. "Há uma tendência de perda de postos de trabalho num momento em que deveriam estar sendo geradas vagas", disse.
Para Azeredo, a expectativa era que a queda dos juros e o lançamento do Programa de Aceleração Econômica (PAC) já estivessem mostrando reflexos no emprego. "Não ocorreu ainda o esperado ponto de inflexão na taxa. Parece que o cenário econômico não está aquecido o suficiente para melhorar o mercado de trabalho", disse.
Para ele, "é preciso grandes obras para gerar uma entrada forte (de pessoas) no mercado de trabalho, para reduzir a taxa de desocupação que hoje está em dois dígitos". Azeredo ressalta que há continuidade da melhoria qualitativa do mercado, com aumento da formalidade e do rendimento, mas "é necessário que haja resultados mais expressivos em termos quantitativos".
Na comparação com março, o número de ocupados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas reduziu 0,3% em abril, com menos 68 mil vagas. Para Azeredo, a variação porcentual não é estatisticamente significativa "mas é preocupante, pois pode significar uma tendência de queda", no momento em que se esperava a geração de vagas.
Apesar do elevado número de desempregados, o rendimento médio real dos trabalhadores prosseguiu em alta nas seis regiões em abril e chegou a R$ 1.114, com aumento de 0,3% ante março e 5,0% na comparação com abril do ano passado.
Sub-remunerados
O atraso no repasse do aumento do salário mínimo para os trabalhadores informais (sem carteira ou por conta própria) elevou significativamente o número de sub-remunerados (que recebem, por hora, menos que o salário mínimo/hora) nas seis principais regiões metropolitanas do país.
Esse grupo, que respondia por 15,8% da população ocupada (total de 20,5 milhões) nas seis regiões em março, aumentou a fatia para 20,4% em abril. Ou seja, cerca de 4 milhões de trabalhadores nas seis regiões eram sub-remunerados.
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