O desemprego subiu em 14 das 27 unidades da federação brasileiras no primeiro trimestre de 2019, informou nesta quinta (16) o IBGE. As maiores variações foram no Acre, Goiás e Mato Grosso do Sul. No primeiro trimestre, a taxa de desemprego foi de 12,7% no primeiro trimestre, 1,1 ponto percentual acima do registrado no trimestre anterior. Nos primeiros três meses de 2019, 13,4 milhões de pessoas procuravam emprego no país. Já na comparação com o mesmo período de 2018, a taxa caiu 0,4 pontos percentuais.
De acordo com o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, os dados mostram que a crise no mercado de trabalho está espalhada por todo o país e não dá sinais de recuperação. "É uma crise generalizada", afirmou.
De acordo com o IBGE, as maiores taxas de desemprego desse primeiro trimestre de 2019 foram registradas no Amapá (20,2%), na Bahia (18,3%) e no Acre (18%). As menores, em Santa Catarina (7,2%), Paraná e Rondônia, ambos com 8,9%..
Em quatro unidades – Rondônia, Roraima, Maranhão e Distrito Federal – o desemprego foi recorde no trimestre. Já na comparação com o primeiro trimestre de 2018, o desemprego cresceu em quatro estados (Roraima, Acre, Amazonas e Santa Catarina) e caiu em três (Ceará, Minas Gerais e Pernambuco).
Em Roraima, diz Azeredo, o crescimento do desemprego na comparação anual pode ser reflexo da imigração venezuelana. Naquele estado, a taxa de desemprego subiu 4,7% em relação ao primeiro trimestre de 2019, para 15% da população em idade de trabalhar.
De acordo com o IBGE, um a cada quatro desempregados brasileiros estavam há mais de dois anos procurando trabalho no primeiro trimestre de 2019. Ao todo, 3,3 milhões de brasileiros se encontravam nessa posição.
Nos primeiros três meses de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho brasileira bateu recorde, chegando a 25%. No total, 28,3 milhões de brasileiros estavam sem trabalho ou trabalhavam menos do que gostariam. A taxa de subutilização é superior a 40% no Piauí, Maranhão e Bahia.