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Dieese

Desemprego recua e fecha 2008 em 14,1%

A taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas do país recuou em 2008, segundo a pesquisa de emprego e desemprego (PED) divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em parceria com a fundação Seade.

De acordo com os dados, a taxa média de desemprego, que foi de 15,5% em 2007, ficou em 14,1% em 2008 (-9%). Segundo o Dieese, é a menor taxa média anual desde 1999.

Situação em dezembro

Em dezembro de 2008, a taxa de desemprego no conjunto de seis regiões metropolitanas pesquisadas (Belo Horizonte, São Paulo, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife e Salvador) caiu para 12,7%, ante 13% em novembro e 14,2% em dezembro de 2007. O contingente de desempregados nas seis regiões no mês foi estimado em 2,545 milhões de pessoas, 248 mil a menos do que em 2007, segundo a pesquisa.

Aumento do emprego em 2008

A redução da taxa de desemprego total reflete a diminuição nas seis capitais pesquisadas. No Distrito Federal, a taxa passou de 17,7% em 2007 para 16,6% em 2008; em Belo Horizonte, de 12,2% para 9,8%; em Porto Alegre, de de 12,9% para 11,2%; e em São Paulo, a taxa decresceu de 14,8% para 13,4%. Apenas em Recife, a taxa manteve-se relativamente estável (de 19,7% para 19,6%).

Indústria e construção incentivaram aumento

As causas do aumento do emprego mudam de acordo com a região. No Grande ABC, um dos principais fatores foram as contratações feitas pelas indústrias de metal e mecânica. Na região metropolitana de Belo Horizonte, a indústria também ajudou no saldo positivo.

Em São Paulo, a construção civil merece destaque. De acordo com o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em dezembro, o comércio também admitiu temporários como é de costume, mas em número menor do que em 2007. A única região que apresentou saldo negativo em 2008 foi Salvador, na área de comércio.

Em 2008, segundo os dados do Dieese/Seade, foram gerados 804 mil postos de trabalho, número mais que suficiente para absorver conjunto de pessoas que entraram no mercado de trabalho.

Segundo o coordenador de análise do Sead, Alexandre Loloian, houve um aumento nos postos de trabalho com carteira assinada - 609 mil a mais. Autônomos e trabalhadores sem carteira assinada passaram a ser contratados.

Como será 2009

Para os pesquisadores, a partir de janeiro, a pesquisa já deve mostrar uma queda no emprego. Possivelmente, os temporários, principalmente da área do comércio, não serão contratados como ocorreu no ano anterior. A indústria e a construção também podem diminuir o ritmo. "Podemos ter aumento do desemprego ou cancelamento de novos postos de trabalho, mas ainda não podemos confirmar nada", explica Lúcio.

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