A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, o menor patamar da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esse índice supera o recorde anterior, registrado no trimestre até dezembro de 2013, quando o desemprego ficou em 6,3%. Em contraste, o maior nível da série ocorreu nos períodos encerrados em março de 2021 e setembro de 2020, durante a pandemia, quando a taxa chegou a 14,9%.
O número de pessoas desempregadas no trimestre até outubro foi de 6,8 milhões, uma queda em relação aos 7,4 milhões registrados até julho deste ano. Esse é o menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014, quando o total foi de 6,6 milhões.
A população desocupada inclui pessoas com 14 anos ou mais que estão sem trabalho, mas ativamente buscando emprego. Aqueles que não estão procurando vagas, mesmo estando sem ocupação, não são contabilizados neste grupo.
Renda média e informalidade
A renda média mensal dos trabalhadores ocupados foi de R$ 3.255 no trimestre até outubro. Houve uma variação positiva de 0,8% em relação ao trimestre encerrado em julho (R$ 3.230), mas o IBGE classifica o dado como estável. Na comparação com o mesmo período de 2022 (R$ 3.133), o aumento foi de 3,9%.
O número de empregados com carteira assinada chegou a 39 milhões, um recorde histórico. Entre os trabalhadores sem carteira, o total foi de 14,4 milhões, também o maior da série. A população em vagas informais alcançou 40,3 milhões, outra máxima.
A taxa de informalidade, que mede o percentual de trabalhadores sem registro formal, ficou em 38,9% no trimestre até outubro. Embora menor do que o pico de 41% registrado em agosto de 2019, a proporção continua alta.
O mercado financeiro já projetava a queda no desemprego, com expectativa de uma taxa entre 6% e 6,4%, segundo analistas consultados pela Bloomberg. O resultado de 6,2% reflete a recuperação do mercado de trabalho, mas ainda com desafios ligados à alta informalidade e ao equilíbrio no crescimento da renda.
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