O desemprego na zona do euro e no conjunto da União Europeia (UE) se manteve estável em agosto e continua em máximos históricos, segundo os dados proporcionados hoje pelo Eurostat, o escritório estatístico do bloco.

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O Eurostat informou que o desemprego na eurozona foi de 11,4% em agosto, enquanto nos 27 países da UE ficou em 10,5%, os mesmos dados de julho.

Na Espanha, que tem a taxa de desemprego mais alta da UE, o desemprego aumentou um décimo em agosto, para 25,1%.

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Em termos anualizados, o desemprego aumentou 1,2 ponto percentual nos 17 e 0,8 ponto nos 27 países, de 10,2% e 9,7%, respectivamente.

O desemprego afetava em agosto cerca de 25,5 milhões de pessoas na UE, e delas 18,2 milhões pertenciam aos países que formam a zona do euro.

Em comparação com julho, o desemprego aumentou em 49 mil pessoas entre os 27 estados do bloco e em 34 mil entre os países da moeda única.

Em termos anualizados, o desemprego subiu em 2,17 milhões de pessoas no conjunto da UE e em 2,14 milhões nos 17.

Entre os países-membros da UE, as taxas de desemprego mais baixas foram registradas na Áustria (4,5%), Luxemburgo (5,2%), Holanda (5,3%) e Alemanha (5,5%), assinalou o Eurostat.

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No outro extremo ficou a Espanha, que apresenta a maior taxa de desemprego (25,1%), seguida pela Grécia (24,4%), embora no caso grego os últimos dados dos quais dispõe o escritório de estatística da UE correspondem a junho. Em Portugal, a taxa de desemprego de agosto foi de 15,9%.

Em comparação com agosto do ano passado, o desemprego aumentou em 20 Estados-membros, enquanto caiu em seis e permaneceu estável no Reino Unido.

As baixas mais pronunciadas desse indicador econômico são observadas na Estônia (de 13,2% para 10,1% entre o segundo trimestre de 2011 e o mesmo período de 2012), na Lituânia (de 15% para 12,9%) e na Letônia (de 17% para 15,9% nos mesmos meses).

Pelo contrário, as maiores altas foram registradas na Grécia (de 17,2% de junho de 2011 para 24,4% em junho de 2012), no Chipre (de 8% para 11,7%), em Portugal (de 12,7% para 15,9%) e na Espanha (de 22% para 25,1%).

Por sexos, entre agosto de 2011 e agosto de 2012, a taxa de desemprego dos homens aumentou de 9,9% para 11,3% na zona do euro, enquanto subiu de 9,6% para 10,5% no conjunto da UE.

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Quanto à taxa de desemprego das mulheres, durante esse mesmo período se elevou de 10,5% para 11,6% na zona do euro, e de 9,8% para 10,6% no bloco.

O desemprego juvenil também seguiu uma tendência de alta, de modo que em agosto passado havia 5,46 milhões de jovens (menores de 25 anos) que estavam desempregados na UE, e deles 3,4 milhões pertenciam aos países da eurozona.

Em termos anualizados, o desemprego juvenil aumentou em 164 mil pessoas no conjunto da UE e em 213 mil na zona do euro, o que mostra uma maior deterioração da situação laboral dos jovens que vivem em países que compartilham a moeda única.

Concretamente, em agosto a taxa de desemprego juvenil ficou em 22,7% na UE e em 22,8% na eurozona, em comparação com 21,5% e 20,7% registrada, respectivamente, em agosto de 2011.

Em agosto deste ano, os países que tiveram menos desemprego juvenil foram Alemanha (8,1%), Holanda (9,4%) e Áustria (9,7%), enquanto as taxas mais altas aconteceram na Grécia (55,4%, segundo os últimos dados disponíveis, de junho de 2012) e Espanha (52,9%).

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O escritório de estatísticas comunitárias lembrou também que o índice de desemprego nos dois grandes concorrentes econômicos da UE, Estados Unidos e Japão, ficou em agosto passado em 8,1% e em 4,1%, respectivamente.