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Desemprego surpreende e cai a 5,8%

Embora esteja em desaceleração, a indústria criou mais de 3 mil vagas no Paraná em maio | Fábio Dias/Gazeta Maringá
Embora esteja em desaceleração, a indústria criou mais de 3 mil vagas no Paraná em maio (Foto: Fábio Dias/Gazeta Maringá)

A despeito do ritmo fraco da atividade econômica no país, a taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recuou de 6% em abril para 5,8% em maio, o menor patamar para o mês desde 2002. O índice é calculado a partir das taxas pesquisadas em seis regiões metropolitanas – Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

O resultado intrigou economistas, que não esperavam fôlego na retomada das contratações num momento em que a economia patina, e ainda procuram explicações. "Pode ser que a produtividade esteja caindo, que tenha que colocar mais gente para produzir a mesma coisa, ou que tenha mais gente trabalhando no setor de serviços", avaliou Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central.

O aumento na renda real do trabalhador, impulsionado pelo reajuste do salário mínimo em janeiro, estimula a demanda por serviços, justamente o setor que aponta um saldo maior de vagas na Pesquisa Mensal de Emprego (PME). "É um negócio que se retroalimenta: com aumento do pessoal ocupado e aumento da renda, a expansão da massa salarial estimula a demanda por serviços e bens de comércio", disse Rafael Bistafa, economista da Rosenberg & Associados.

Segundo dados do PIB divulgados pelo IBGE, o setor de Serviços cresceu 1,6% no primeiro trimestre de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o Consumo das Famílias avançou 2,5%. No mesmo período, a indústria ficou estagnada (0,1%).

Curitiba

Na Região Metropolitana de Curitiba, o desemprego subiu de 4,3% em abril para 4,6% em maio. A taxa supera ligeiramente a de maio do ano passado (4,4%), segundo pesquisa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que usa a mesma metodologia do IBGE – os dados de Curitiba, no entanto, não são contabilizados no cálculo da média nacional.

Com o avanço em maio, Curitiba deixou de ter a menor taxa de desemprego do país, posto que manteve por 22 meses. O título agora pertence a Porto Alegre, onde a desocupação baixou de 4,7% para 4,5% na passagem de abril para maio.

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