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Dívidas

Desenrola tira 6 milhões de dívidas do negativo e bancos se preparam para conceder novos empréstimos

Desenrola
Próxima fase do Desenrola, em setembro, vai incluir contas de itens essenciais, como água e luz e dívidas com varejistas. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

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O programa Desenrola Brasil terminou a primeira fase na última sexta (28) com seis milhões de dívidas de até R$ 100 tiradas do negativo, de acordo com o Ministério da Fazenda. O montante, no entanto, não significa a mesma quantidade de pessoas, já que um CPF pode ter mais de um débito cadastrado.

“Passamos de 6 milhões de ‘desnegativações’ de dívidas de até R$ 100. O fato de alguns bancos terem feito isso gerou uma pressão competitiva para que outros fizessem”, diz Marcos Barbosa Pinto, secretário de reformas econômicas, em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda (31).

De acordo com ele, a retirada destes brasileiros dos cadastros negativos já está movimentando os bancos a se prepararem para conceder novos empréstimos e disputar o espaço liberado no orçamento das famílias.

“Temos visto bancos que, apesar de não terem o benefício regulatório que nós estamos dando para fazerem a renegociação, estão fazendo ofertas para a população”, completou.

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Mais recentemente, o governo lançou a fase dois do programa, com a renegociação de dívidas para a população com renda de dois salários mínimos a até R$ 20 mil. A expectativa é de que 30 milhões de pessoas se beneficiem.

Segundo o secretário, a próxima fase do Desenrola, a partir de setembro, vai incluir contas de itens essenciais, como água e luz e dívidas com o varejo.

Já as dívidas bancárias de até R$ 5 mil para quem ganha até dois salários mínimos vão entrar em uma espécie de leilão em uma plataforma virtual criada pelo governo. As empresas e os bancos vão precisar oferecer as melhores condições para renegociar as dívidas dos consumidores.

A garantia às renegociações será coberta pelo governo através do Fundo Garantidor de Operações (FGO). No entanto, Marcos Barbosa diz que já há varejistas se antecipando à medida. “É uma pressão competitiva para oferecer mais para a população”, afirmou.

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