O programa Desenrola Brasil terminou a primeira fase na última sexta (28) com seis milhões de dívidas de até R$ 100 tiradas do negativo, de acordo com o Ministério da Fazenda. O montante, no entanto, não significa a mesma quantidade de pessoas, já que um CPF pode ter mais de um débito cadastrado.
“Passamos de 6 milhões de ‘desnegativações’ de dívidas de até R$ 100. O fato de alguns bancos terem feito isso gerou uma pressão competitiva para que outros fizessem”, diz Marcos Barbosa Pinto, secretário de reformas econômicas, em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda (31).
De acordo com ele, a retirada destes brasileiros dos cadastros negativos já está movimentando os bancos a se prepararem para conceder novos empréstimos e disputar o espaço liberado no orçamento das famílias.
“Temos visto bancos que, apesar de não terem o benefício regulatório que nós estamos dando para fazerem a renegociação, estão fazendo ofertas para a população”, completou.
Mais recentemente, o governo lançou a fase dois do programa, com a renegociação de dívidas para a população com renda de dois salários mínimos a até R$ 20 mil. A expectativa é de que 30 milhões de pessoas se beneficiem.
Segundo o secretário, a próxima fase do Desenrola, a partir de setembro, vai incluir contas de itens essenciais, como água e luz e dívidas com o varejo.
Já as dívidas bancárias de até R$ 5 mil para quem ganha até dois salários mínimos vão entrar em uma espécie de leilão em uma plataforma virtual criada pelo governo. As empresas e os bancos vão precisar oferecer as melhores condições para renegociar as dívidas dos consumidores.
A garantia às renegociações será coberta pelo governo através do Fundo Garantidor de Operações (FGO). No entanto, Marcos Barbosa diz que já há varejistas se antecipando à medida. “É uma pressão competitiva para oferecer mais para a população”, afirmou.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast