A desigualdade se manteve em queda no ano passado, porém em ritmo menor que o verificado em anos anteriores, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta terça-feira (5).

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O levantamento integra a série de análises do Ipea sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1995 a 2009.

O estudo mostra que o Coeficiente de Gini (que mede a desigualdade no país) de 2005 a 2008 caiu, em média, 0,72 ponto por ano. Já de 2008 a 2009, a queda foi de apenas 0,53 ponto. Nesses dois casos, segundo o Ipea, é considerada uma escala de 0 a 100.

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Na avaliação do instituto, essa diminuição do ritmo não é preocupante nem indica o início de uma tendência de menor redução da desigualdade. "A redução do ritmo foi resultado apenas de um mercado de trabalho negativamente, porém temporariamente, impactado pela crise financeira. As medidas de combate aos efeitos da crise, como o aumento do salário mínimo, parecem ter mitigado os efeitos negativos do mercado de trabalho", diz o estudo.

Desconcentração da renda

A desconcentração da renda do trabalho começa em 1997 e segue quase de modo linear até 2009, segundo o Ipea. Em 2009, seu coeficiente de concentração era 5,4 pontos menor que em 1997. O Ipea atribui como possíveis causas dessa desconcentração causas demográficas e até políticas, como a valorização do salário mínimo.

Distribuição de renda

De acordo com o Ipea, de 1995 a 2009, houve três períodos diferentes na evolução da distribuiçãode renda. O primeiro, que vai de 1995 a 2001, se caracteriza por uma estabilidade. Já de 2001 até 2005, a renda média pouco aumenta. E de 2005 a 2009, o Brasil passa a ter grandes aumentos de renda ocorrendo concomitantemente com a queda continuada da desigualdade.

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