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Os senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovaram nesta terça (20) o substitutivo do texto que prorroga a desoneração da folha de pagamento até o final de 2027, rejeitando emendas apresentadas em turno suplementar.
Uma delas, do senador Magno Malta (PL-ES), pedia a inclusão de produtores de mármores e granitos entre os setores beneficiados – são 17 no total. Com isso, o texto pode voltar à Câmara dos Deputados para uma nova análise se não for requerida votação no plenário do Senado nos próximos cinco dias.
Além de prorrogar a desoneração por mais quatro anos, o projeto também reduziu a alíquota de contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento de 20% para 8% em municípios com até 142 mil habitantes. Tanto essa alteração como a prorrogação foram criticadas pelo governo, que pretendia discutir o tema no segundo semestre após a aprovação da reforma tributária.
Na semana passada, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, disse não entender o motivo da “pressa” em se aprovar o mecanismo que venceria apenas no final do ano.
A crítica ocorre num momento em que o governo busca aumentar a arrecadação para diminuir e equalizar o déficit primário previsto para este ano e para os próximos dentro das novas regras fiscais, e que terá um impacto potencial de R$ 9,4 bilhões com a desoneração da folha se for aprovada.