O aumento da arrecadação puxou para cima as receitas do Paraná nos primeiros sete meses do ano. O total incluindo impostos, transferências do governo federal, taxas, operações de crédito e alienações, somou R$ 9,96 bilhões, 17,8% acima do mesmo período de 2007. Na outra ponta, as despesas do estado ficaram em R$ 9,4 bilhões, 9% superiores às registradas de janeiro a julho do ano passado. A diferença, hoje de R$ 560 milhões, será usada pelo governo para honrar comprimissos no fim do ano, como o pagamento do décimo terceiro salário, segundo o coordenador de administração financeira da secretaria estadual da Fazenda, Cesar Ribeiro Ferreira.
Na conta das despesas estão incluídos, dentre outros, os gastos com custeio, com educação que absorvem 30% das receitas , saúde (12%) e as transferências para os municípios (25%) e o pagamento da dívida, hoje em R$ 12,9 bilhões. A maior parte desse montante (60%) se refere à dívida de saneamento do Banestado, contraída em 1999 e que absorve R$ 60 milhões por mês. "Temos ainda 25 anos para pagar esse compromisso. Se fôssemos quitá-la hoje, precisaríamos desembolsar R$ 8,1 bilhões", diz Ferreira. O governo ainda deve, sem contabilizar os juros, R$ 3,8 bilhões em precatórios. De acordo com Ferreira, são direcionados para esse fim R$ 12,9 milhões por mês. (CR)