O desafio é tornar o valor da moeda algo tangível e fazer as crianças entenderem de onde vem o dinheiro| Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Muitos pais sofrem um aperto para conseguir ensinar seus filhos pequenos a como lidar com dinheiro – e, principalmente, a importância de economizar e não gastar no primeiro brinquedo que surgir à frente.

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Falar de finanças com as crianças nem sempre é fácil e especialistas em educação já entraram em consenso de que o aprendizado sobre o valor do dinheiro deve começar cedo. O desafio é tornar o valor da moeda algo tangível e fazer os pequenos entenderem de onde vem o dinheiro.

O superintendente de Marketing da Mongeral Aegon, Leonardo Lourenço, elencou dez dicas de como os pais devem abordar o tema e começar a falar sobre educação financeira já nos primeiros anos de vida dos filhos – contribuindo, assim, para criar adultos responsáveis e com as contas em dia.

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1. Começando cedo

O melhor momento para introduzir o tema é no momento em que as crianças começam a contar. Mostre algumas moedas e ensine o valor de cada uma. Faça pilhas, agrupando e somando o dinheiro.

2. Mesada não se mistura com estudo

A partir dos sete anos, a criança já entende o que é uma mesada e pode começar a gerenciar quantias de dinheiro. Mas não é recomendável associar a mesada ao estudo. Ela não deve ser um prêmio por boas notas - estudar é responsabilidade da criança e ela deve entender isto.

3. Poupando com os porquinhos

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Você deve ensinar seu filho sobre reserva financeira para que ele alcance objetivos de curto, médio e longo prazo. Para isso, um método é adesivar quatro porquinhos de cerâmica com as palavras: investimento, doação, poupança e gastos.

Gastos são objetivos de curto prazo, o que ele quer no momento, um lanche na escola por exemplo. Poupança são objetivos de médio prazo e é algo que ele quer realizar em seis meses, como a compra de um brinquedo.

Já a tarja ‘investimentos’ está relacionada ao longo prazo. Uma reserva financeira para a vida dele. Como poupar para um carro ou, até, para a sua aposentadoria.

E, o último porquinho é o da doação. É importante que ele reflita sobre dar algo em troca sobre o que recebe.

4. Reserva financeira

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Uma das melhores dicas de educação financeira, tanto para adultos como para crianças, é "se pague primeiro". Em outras palavras: separe do seu orçamento a parcela destinada ao que você deseja guardar. A reserva financeira deve ser encarada como uma despesa fixa, não como o que sobra do orçamento. Ensine isto para o seu filho também, para que ele possa atingir seus objetivos mais rápido.

5. O valor da conquista

Lembre seu filho que algumas vezes ele vai ter que esperar e juntar dinheiro para comprar o que deseja. Afinal, nem sempre o dinheiro que ganhamos no mês é suficiente para realizar a compra de algo que queremos. As crianças devem entender também que juntar dinheiro é uma forma de conseguir o que ela quer, mas para isto é necessário mais tempo.

6. Diferença básica

Uma dor de cabeça para os pais: tudo que passa na TV, a criança pede. É preciso explicar a diferença entre precisar e querer.

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Existem alguns produtos que são necessidades básicas como os de alimentação, limpeza e vestuário básico. Estas coisas são o que ela precisa. Já a propaganda infantil desperta na criança o desejo de ter e não a necessidade. Deixe claro esta diferença.

7. Dinheiro de plástico - mas não de brinquedo

Quando usar o cartão de crédito, explique para a criança como ele funciona. Fale sobre o conceito de crédito e alerte sobre os perigos do cartão. Não é só passar e não pagar depois. Existem os juros e você deve se programar para que o pagamento do cartão ocupe uma fatia do seu orçamento, não ele todo.

8. Trabalho e dinheiro

Deixa claro para seu filho que dinheiro não cresce em árvore. Explique como é o seu trabalho e por que você é pago por ele. O salário é composto por vários fatores, mas os dois principais são tempo e esforço. É o valor atribuído ao seu trabalho (esforço) e conhecimento vezes o tempo trabalhado.

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Uma forma de explicar para o seu filho é dizer quais são suas atividades diárias e o valor da sua hora trabalhada. Assim ele vai entender que é uma troca e que o dinheiro vem deste resultado.

9. Decisão em conjunto

Inclua a criança em pequenas decisões financeiras no supermercado, como qual fruta comprar. Educação financeira é baseada em escolhas. Muitas vezes, para conseguirmos a quantia que desejamos, temos que abrir mão de alguma coisa. A criança pode aprender isso em um supermercado. Separe um valor e diga que ele tem que escolher um produto com o que tem na mão.

10. Dinheiro não é tudo

Ensine que o dinheiro é só uma ferramenta para chegar aonde se quer - é sempre bom lembrar que dinheiro não é tudo. É uma ferramenta que pode proporcionar um bem ou uma experiência. Mas existem valores mais importantes como viver momentos em família, educação, ética e cidadania.

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