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Diante de mercado em queda, Volvo fará novos ajustes na linha de produção

Pelo acordo fechado com o sindicato em 2015, novas demissões na Volvo só poderão ser feitas a partir do fim de março. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Pelo acordo fechado com o sindicato em 2015, novas demissões na Volvo só poderão ser feitas a partir do fim de março. (Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo)

Depois de um 2015 difícil, com queda de mais de 50% nas vendas e prejuízo na operação brasileira, a Volvo se prepara para mais um recuo no mercado de caminhões. A empresa trabalha com um cenário de retração de 15% nas vendas do segmento no país, o que deve levar a novos ajustes na força de trabalho empregada na fábrica de Curitiba.

Em 2015, as entregas de caminhões da Volvo no mercado brasileiro chegaram a 6,7 mil unidades, 64% abaixo dos 18,8 mil veículos vendidos em 2014, segundo balanço apresentado pela companhia nesta terça-feira (16), em São Paulo. A retração foi apenas parcialmente compensada por uma alta de 10% nas vendas para outros países da América Latina, que cresceram de 2,5 mil unidades em 2014 para 2,8 mil no ano passado.

No segmento de ônibus houve queda nos dois mercados. No Brasil, as vendas de chassis caíram de 1,7 mil unidades em 2014 para 864 em 2015, enquanto no resto da América Latina o total caiu de 1,4 mil para 884 unidades no mesmo período.

Chão de fábrica

Sem perspectivas para uma retomada do mercado, a empresa está reiniciando as conversas com o sindicato dos trabalhadores. No ano passado, a Volvo chegou a anunciar a demissão de 600 pessoas para o fechamento de um turno na fábrica de caminhões, mas a decisão foi revertida após uma greve que durou três semanas. A saída encontrada foi um programa de demissões voluntárias que levou ao desligamento desse número de funcionários.

Pelo acordo fechado com o sindicato em 2015, novas demissões só poderão ser feitas a partir do fim de março. No momento, a fábrica de Curitiba está com 3,3 mil funcionários, mas os executivos da empresa admitem que há ociosidade diante do cenário de novo encolhimento do mercado.

“Os ajustes foram feitos para aquela realidade”, diz o presidente interino da Volvo América Latina, Carlos Morassutti. “Se olharmos para o número de redução do mercado, logicamente dá para ver que há gente em excesso.” A companhia avalia opções como novos layoffs e uso do banco de horas, já aplicados no ano passado. Recentemente, a empresa estendeu a folga de carnaval para parte dos funcionários e deve dar mais 15 dias de férias coletivas a partir da próxima semana.

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