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Alimentação

Dieese: cesta básica fica mais cara em 13 capitais

A alimentação básica ficou mais cara em outubro para as famílias de baixa renda em 13 das 17 capitais do País nas quais o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) faz mensalmente a tomada de preços para apurar o valor da cesta básica. Os aumentos variaram de 0,06%, em São Paulo, a 9,20%, em Goiânia. Houve variações negativas em Vitória (0,64%), Manaus (1,01%), Recife (1,10%) e Fortaleza (1 26%). O valor mais elevado para a cesta básica foi verificado em Porto Alegre (R$ 248,29). Em São Paulo, os produtos essenciais custaram R$ 230,03 e, em Florianópolis, R$ 226,37. As capitais mais baratas foram Aracaju (R$ 168,15), Fortaleza (R$ 170,29) e João Pessoa, onde a cesta básica pôde ser adquirida por R$ 175,19.

Tomando como base a variação média da cesta básica no País no mês de outubro, os técnicos do Dieese estimaram que o salário mínimo ideal para cobrir as despesas de uma família com quatro pessoas - dois adultos e duas crianças - seria de R$ 2.085,59. Um piso neste valor é o mínimo suficiente para suprir os gastos da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

O valor do mínimo estimado equivale a 4,49 vezes o mínimo em vigor atualmente, de R$ 465,00. Em setembro, seu valor era estimado em R$ 2.065,47 ou 4,44 vezes o mínimo vigente, e em outubro do ano passado correspondia a R$ 1.971,55, ou seja, a 4 75 vezes o piso, que era de R$ 415,00 na época.

Em outubro, a aquisição de uma cesta básica demandou do trabalhador que ganha salário mínimo o cumprimento de uma jornada, na média das 17 capitais pesquisadas, de 97 horas e 27 minutos, ligeiramente maior do que em setembro, quando a compra do mesmo conjunto de alimentos exigia 96 horas e 23 minutos. Em outubro de 2008, a mesma cesta necessitava de uma jornada de 109 horas e 34 minutos. A proporção do salário mínimo líquido - após a dedução da parcela referente à Previdência Social - comprometido com a compra dos bens de primeira necessidade correspondia a 48,15% do rendimento líquido do trabalhador, em outubro, contra 47,62% do mês anterior e 54,14% de outubro do ano passado.

Acumulado do ano

Segundo o levantamento dos valores da cesta básica de janeiro a outubro no País, somente duas capitais apresentaram aumento nos preços dos gêneros alimentícios no período: Belém (1,88%) e Salvador (2,37%). Nas outras 15 localidades, o custo da cesta registrou variação acumulada negativa, com destaque para Natal (-14,03%), Fortaleza (-13,70%), Aracaju (-13,00%) e João Pessoa (-12,65%).

Nos últimos 12 meses - de novembro de 2008 a outubro último - 10 das 17 capitais pesquisadas registraram variações acumuladas negativas, com destaque para Natal (-7,71%), Fortaleza (-7,13%) e Aracaju (-6,62%). As maiores elevações foram registradas em Salvador (8,23%), Vitória (5,16%) e Recife, com alta de 4,16%.

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