O salário mínimo em maio deveria ter sido de R$ 2.293,31, segundo estima o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base no preço da cesta básica da capital paulista, a mais cara entre as 17 cidades onde é feita a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, com valor de R$ 272,98.
O valor do mínimo sugerido pelo Dieese para o mês de maio é 4,21 vezes maior que o mínimo em vigor, de R$ 545,00. Em abril, o piso mínimo era estimado em R$ 2.255,84. Em maio do ano passado, o mínimo deveria corresponder a R$ 2.157,88, ou 4,23 vezes o valor do salário oficial então vigente (R$ 510,00).
Para adquirir a cesta básica, o trabalhador que ganha salário mínimo precisou cumprir, em maio, na média das 17 capitais pesquisadas, uma jornada de 95 horas e 16 minutos, tempo maior que o exigido em abril (94 horas e 41 minutos). Em maio de 2010, a mesma compra comprometia uma jornada bem maior: 97 horas e 39 minutos.
Quando se considera o porcentual do salário mínimo líquido gasto com a cesta, após a dedução da parcela referente à Previdência Social, também é possível notar um pequeno aumento, em maio (47 07%), em relação ao comprometido em abril (46,78%). Em maio de 2010, o custo da cesta representava 48,24% do mínimo líquido.
Cesta básica
No acumulado de janeiro a maio deste ano, a cesta básica registra alta de preço em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. A única cidade a apresentar queda nestes cinco meses foi Manaus, onde a fração mínima essencial fechou com queda de 2 59%. As maiores variações positivas foram registradas em Vitória (7,68%), Rio de Janeiro (7,14%), Florianópolis (7,13%), Brasília (6,53%), Aracaju (6,13%) e Fortaleza (6,01%).
Nos últimos 12 meses - de junho de 2010 a maio deste ano - Fortaleza (17,38%) apresentou a maior variação para o conjunto dos produtos, seguida por Goiânia (13,34%), Rio de Janeiro (8 17%) e Florianópolis (8,15%). Ao longo deste período, dentre as quatro cidades com variações negativas, as com maiores quedas foram Salvador (-6,37%) e Recife (-4,24%).