O sistema financeiro nacional fechou 2.611 postos de trabalho de janeiro a outubro deste ano, de acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgada nesta quarta-feira (4).
A pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), mostra que os grandes bancos múltiplos com carteira comercial principalmente o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e HSBC fecharam 7.545 vagas.
O saldo só não foi mais negativo para a categoria porque a Caixa Econômica Federal contratou 4.676 pessoas no período, disse o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro. Segundo ele, além dos cortes, o sistema financeiro manteve a "prática perversa da rotatividade de mão de obra" para diminuir a massa salarial.
De acordo com o Caged, os bancos brasileiros contrataram 33.683 bancários no ano, até outubro, e demitiram 36.294. A maioria deles nos estados de São Paulo (3.188), do Rio de Janeiro (950), de Santa Catarina (145) e Pernambuco (98), que concentram mais bancos privados. A pesquisa Contraf/Dieese mostra ainda que o salário médio dos admitidos pelos bancos, entre janeiro e outubro, foi R$ 2.943,95, contra salário médio de R$ 4.655,70 dos demitidos. Ou seja, os trabalhadores que entram no sistema financeiro recebem remuneração 36,8% inferior à dos que saem. Com isso, os bancos reduzem despesas.
Isso explica porque, mesmo tendo conquistado 18,3% de aumento real no salário e 38,7% de ganho real no piso salarial, de 2004 para até hoje, a média salarial da categoria diminuiu, segundo Carlos Cordeiro.
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