O governo federal vai autorizar o aumento da mistura de biodiesel no diesel a partir de julho, de 5% para 6%, num primeiro momento, e depois para 7%, em novembro deste ano, informaram ontem dois representantes da indústria. O aumento da mistura será realizado por medida provisória, em uma cerimônia que estaria sendo planejada para amanhã, no Palácio do Planalto.
Com uma mistura de 7%, o consumo de biodiesel no Brasil poderia subir dos cerca de 3 bilhões de litros atuais para 4,2 bilhões de litros ao ano, aliviando importações de diesel pela Petrobras. Ao mesmo tempo, reduziria a capacidade ociosa da indústria de biodiesel e incentivaria a produção de soja, principal matéria-prima do biocombustível no país.
O aumento da mistura vinha sendo discutido desde o ano passado, mas encontrava resistência no Ministério da Fazenda, que temia impacto inflacionário com a mudança. "A Fazenda tinha essa preocupação inflacionária, parece que foi superada, não é exatamente o marco regulatório que o setor desejava, mas é uma notícia muito bem-vinda", afirmou o assessor econômico da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), Leonardo Zilio, descartando impacto inflacionário da elevação da mistura.
Segundo ele, estudo de 2012 da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que, com uma mistura maior, o aumento no custo da cesta básica não chegaria a R$ 0,20, enquanto um repasse do custo para o valor da passagem de ônibus, por exemplo, seria menor que um centavo de real, por hipótese.
Mas Zilio ressaltou que, desde a divulgação do estudo, o preço do biodiesel caiu e o valor do diesel mineral subiu, limitando ainda mais qualquer alta de custo. "O impacto agora é menos que 50% do que foi estimado."
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