Um acordo firmado entre os governos de Taiwan e China no início deste mês prevê o trânsito de navios de carga entre continente e ilha, aumenta o número de vôos diretos e expande o serviço postal. A medida tem caráter econômico para facilitar o comércio bilateral, permitindo a troca de mercadorias livre de impostos entre os portos. Mas revela também uma aproximação política que é tensa desde 1949, quando os nacionalistas do Kuomintang, expulsos do continente pelos comunistas, ocuparam a ilha.
A República Popular da China considera Taiwan como parte do seu território e vê a República da China como uma entidade extinta uma "província rebelde", como chegou a afirmar no passado. A China já ameaçou agir militarmente caso a ilha declare formalmente a independência. Em 1992 foi alcançado um consenso entre as duas partes que estabelecia o conceito de uma "China única". Mas o conceito tem livre interpretação de cada lado do estreito de Taiwan.
As diferenças culturais e políticas entre Taiwan e China se tornaram bastante evidentes. Hoje, nem os ideogramas para escrever em mandarim são os mesmos. Mas o desenvolvimento econômico e tecnológico de Taiwan parece ter acompanhado o desempenho da China continental.
Entre 2000 e 2008 os problemas se acentuaram com a chegada à presidência de Taiwan do separatista Chen Shui-bian. (DN)
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast