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Antonio Bento da Silva, encarregado geral de Mauá: salário compensa | Adriano Forbeck/Gazeta do Povo
Antonio Bento da Silva, encarregado geral de Mauá: salário compensa| Foto: Adriano Forbeck/Gazeta do Povo
  • O feitor Dimas Maximino da Rocha:

Telêmaco Borba - De acordo com o engenheiro civil Wagner Nunes Martins, gerente de concreto na obra da Usina Hidrelétrica de Mauá – que está sendo erguida entre Telêmaco Borba e Ortigueira, nos Campos Gerais –, um dos motivos para a escassez de mão de obra na construção pesada é a dificuldade de adaptação. "Nosso índice de acidentes de trabalho está bem abaixo do que o admitido pelos padrões nacionais, mas o fato de trabalhar em grandes alturas às vezes assusta um pouco e afasta alguns trabalhadores", afirma.

A mesma opinião tem Dimas Maximino da Rocha, 44 anos. Feitor de acabamento, ele é responsável por um grupo de até 16 trabalhadores. "No começo, os pedreiros sentem a dificuldade da altura, mas a gente trabalha para que cada um que está aqui consiga se adaptar. Esse tempo de adaptação pode levar até 60 dias", conta. Segundo ele, os salários, mais altos que os da construção civil, compensam. "Antes eu era pedreiro de acabamento e trabalhava na construção de casas e prédios. O salário não tem comparação", aponta.

Há mais de 35 anos trabalhando na construção de usinas hidrelétricas, Antonio Bento da Silva, encarregado geral da obra de Mauá, não se arrepende de optar por trabalhar nesse ramo. "A maioria dos operários reclama muito da distância da família, mas não é o meu caso, pois sempre trago minha família junto. Além disso, acredito que em outras áreas da construção civil eu não conseguiria ter o salário que tenho aqui", diz.

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