A presidente Dilma Rousseff confirmou, na manhã desta quarta-feira (18) que o novo salário mínimo, vigente a partir de 1º de janeiro de 2014, ficará entre R$ 722 e R$ 724, o que representaria uma alta de 6,5% a 6,78% sobre os R$ 678 atuais. "A regra da correção do salário mínimo depende do fechamento do PIB (Produto Interno Bruto) e da inflação, mas dá para sabermos que ficará entre R$ 722 e R$ 724. Se tivermos perto de R$ 724 arredondamos para cima, damos uma força", disse.
"O pessoal pode ficar satisfeito antecipadamente", completou a presidente, em entrevista para emissoras de rádio de Pernambuco. A presidente anunciou ainda que boa parte da desoneração da folha de pagamento, até então provisória, será "permanente". Dilma também revelou a autorização para a construção de um terceiro aeroporto privado no Estado de São Paulo.
Em conversa com jornalistas na manhã, a presidente disse ser contra indexação de preços, classificada por ela de algo "extremamente perigoso", ao comentar pedido da Petrobras sobre reajuste automático da gasolina. Aproveitou ainda para alfinetar a proposta tucana de reestatizar a empresa de petróleo, ao dizer que "isso não é sério".
A presidente pautou grande parte da conversa, de tema livre, a assuntos econômicos. Não quis fazer previsões sobre o PIB de 2014, mas disse que o deste ano deverá ficar em 2% "ou um pouco mais". "Isso eu posso garantir", reforçou.Dilma disse que a inflação deverá ficar abaixo da registrada no ano passado -5,84% em 2012, segundo o IBGE. Mas insistiu que não faria previsões definitivas.
Ela revelou ainda que fará sua reforma ministerial entre o final de janeiro e o início de março. "Até o Carnaval vou concluir a reforma", disse. Aproveitou para reiterar "pela vigésima vez" que o ministro Guido Mantega (Fazenda) "está perfeitamente no lugar onde está", afastando a possibilidade de troca no comando da equipe econômica.
Ela rebateu ainda as críticas de que seu governo é exageradamente otimista e intervencionista. "É absolutamente imperdoável um governo pessimista", afirmou ela. No setor aeroportuário, a presidente revelou ainda que será criada a Infraero Serviços, para fazer uma sociedade com um grande operador de aeroportos e modernizar os que continuarão sob o controle do governo federal. No caso do terceiro aeroporto privado, em São Paulo, ele pode ficar no município de Caieiras, na região metropolitana da capital paulista.